O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB-SP) parabenizou o empresário Donald Trump pela vitória na eleição presidencial dos Estados Unidos na madrugada desta quarta (6), adotando o mesmo tom mais pragmático do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais cedo.
Alckmin desejou que a segunda gestão de Trump “seja um período de promoção da paz, do desenvolvimento econômico e social, e de ainda maior ampliação da parceria entre Brasil e EUA”.
Trump foi eleito com uma inesperada folga de 277 votos dos delegados contra 224 favoráveis a Kamala Harris. Os institutos de pesquisa projetavam uma disputa apertada, o que não se concretizou.
A mensagem de Alckmin se limitou a esse comentário, sem se aprofundar nas expectativas das relações comerciais com o Brasil. Ele, inclusive, é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e tem nas mãos o fluxo de negócios entre os dois países.
Lula foi um pouco mais discursivo e afirmou que “o mundo precisa de diálogo e trabalho conjunto para termos mais paz, desenvolvimento e prosperidade”. “Meus parabéns ao presidente Donald Trump pela vitória eleitoral e retorno à presidência dos Estados Unidos. A democracia é a voz do povo e ela deve ser sempre respeitada”, pontuou.
Há a expectativa de que o governo se pronuncie institucionalmente sobre a vitória de Trump, mas ainda não se sabe se Lula telefonará ao republicano para vocalizar a mensagem de reconhecimento da vitória na eleição.
Embora Alckmin tenha se pronunciado com um tom mais pragmático e favorável às relações entre os dois países, outros ministros de Lula foram mais incisivos e lamentaram o resultado da eleição americana. Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, atacou Trump dizendo que ele “cultiva os piores valores humanos”.
“A mais rica nação do mundo elegeu um presidente que cultiva os piores valores humanos. Nega as mudanças climáticas e a ciência e apoia a extrema direita no mundo. Tempos difíceis para a humanidade”, disparou.
Na tarde de terça (5), o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou que a vitória de Trump – ainda tratando como “eventual” – não traria impacto para o governo Lula. Para ele, “se o Trump quiser fazer algum tipo de retaliação, sinceramente, quem está perdendo é ele, que vai estar perdendo um parceiro importante, que é o Brasil”.
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