Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Guerra no Oriente Médio

Alckmin esteve próximo de líder do Hamas morto após posse de presidente do Irã

Alckmin e Haniyeh
Alckmin está ao lado de Haniyeh, sorridente cumprimentando autoridades iranianas. (Foto: Abedin Taherkenareh/EFE)

Ouça este conteúdo

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) esteve próximo de Ismail Haniyeh, líder do Hamas que foi morto na madrugada desta quarta (31) no Irã. Eles se encontraram na capital do país, Teerã, na tarde de terça (30), durante a posse do novo presidente do país, Masud Pezeshkian.

Haniyeh também participou da cerimônia de posse no país que é aliado do Hamas, e imagens de uma emissora de TV local e de jornalistas presentes registraram o encontro. A Gazeta do Povo pediu explicações ao gabinete do vice-presidente da República e aguarda retorno.

Alckmin ainda não comentou sobre a viagem ao Irã e a proximidade de Haniyeh na cerimônia. Ele está em Teerã desde a última segunda (29) representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na posse do novo presidente e para participar de encontros bilaterais com empresários e com o presidente da Câmara de Comércio, Indústria, Minas e Agricultura do Irã (ICCIMA), Samad Hassanzadeh, nesta quarta (31).

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro ainda não se pronunciou sobre a morte de Haniyeh.

A morte de Ismail Haniyeh foi confirmada mais cedo pelo Hamas, que atribuiu a Israel o ataque durante a visita oficial à capital iraniana.

“O irmão líder, o mártir combatente Ismail Haniyeh, morreu como resultado de um traiçoeiro ataque sionista à sua residência em Teerã”, informou o Hamas em comunicado.

Até o momento, Israel não confirmou o ataque e nem a morte de Haniyeh. A Guarda Revolucionária do Irã também mencionou a ação, que teria matado um dos guarda-costas de Haniyeh.

Mahmoud Abbas, líder da Autoridade Nacional Palestina (ANP) e da facção rival Fatah, condenou o “assassinato” de Haniyeh, atribuindo a ação à “ocupação”. Sami Abu Zahri, oficial do Hamas na Faixa de Gaza, declarou que “o martírio dos líderes do grupo não quebrará a vontade do movimento ou do povo palestino”.

A morte de Haniyeh ocorre pouco depois de Israel confirmar que matou Fuad Shukr, chefe militar do grupo xiita libanês Hezbollah, em retaliação por um ataque que matou 12 crianças na cidade drusa de Majdal Shams, nas Colinas de Golã.

Ismail Haniyeh, nascido em 1962 no campo de refugiados de Al Shati, na Faixa de Gaza, estudou na Universidade Islâmica de Gaza e se formou em Literatura Árabe. Envolveu-se com o Hamas nos anos 1980 e foi nomeado chefe de um escritório do grupo em 1997.

Ele liderou a lista do Hamas que venceu as eleições legislativas palestinas de 2006 e se tornou primeiro-ministro em um governo de unidade nacional com o Fatah, mas as divergências entre os dois grupos resultaram na tomada de poder pelo Hamas na Faixa de Gaza em 2007.

Haniyeh foi o líder do Hamas na Faixa de Gaza de 2012 até 2017, quando foi substituído por Yahya Sinwar. Em maio de 2017, Haniyeh foi eleito presidente do Bureau Político do Hamas e, desde 2019, vivia no Catar, de onde liderava e representava a milícia internacionalmente.

Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Principais Manchetes

Receba nossas notícias NO CELULAR

WhatsappTelegram

WHATSAPP: As regras de privacidade dos grupos são definidas pelo WhatsApp. Ao entrar, seu número pode ser visto por outros integrantes do grupo.