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Uma decisão proferida neste sábado (23) pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes revogou parcialmente uma medida cautelar que proibia o ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, de sair de casa à noite e aos fins de semana.
A solicitação foi feita pela defesa de Torres em outubro e justificou a necessidade de ele cuidar da mãe, Amélia Gomes da Silva Torres, de 70 anos, que enfrenta um câncer e que está em estado grave.
A flexibilização da restrição é para que o ex-ministro possa “acompanhar e prestar os cuidados necessários à saúde de sua mãe” e a permissão de deslocamento está limitada à casa da genitora e ao hospital onde ela recebe tratamento.
Segundo Alexandre de Moraes, a decisão tem caráter provisório. O ministro determinou que a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal avalie medidas permanentes para o caso. Relatórios semanais de monitoramento deverão ser encaminhados ao STF.
Torres havia sido preso em janeiro de 2023, acusado de omissão durante os atos do 8 de janeiro. À época ele ocupava o cargo de Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal. Em maio, uma decisão do próprio Moraes, permitiu que ele passasse a responder ao processo em liberdade, mas com limitações de tráfego e monitoramento.
Em fevereiro deste ano o Ministério Público Federal (MPF) arquivou um inquérito contra Anderson Torres e outras seis pessoas relacionado aos atos do 8 de janeiro.