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31 de março

Alexandre de Moraes veta presença de Bolsonaro em eventos das Forças Armadas

Alexandre de Moraes
Decisão de Alexandre de Moraes está no inquérito sobre suposta tentativa de golpe em 2022 (Foto: Joedson Alves/EFE)

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de comparecer a eventos das Forças Armadas e do Ministério da Defesa. O veto também se estende aos generais e ex-ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Sergio Nogueira (Defesa), ao ex-ministro Anderson Torres (Justiça) e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

A decisão, divulgada pela Folha de S.Paulo, foi proferida na última quinta-feira (7) na investigação contra eles por suposta tentativa de golpe de Estado, que teria sido tramada por militares no fim de 2022 para manter Bolsonaro na Presidência e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Durante o governo Bolsonaro, os quartéis celebravam, em 31 de março, a destituição do ex-presidente João Goulart, que permitiu o início do regime militar, em 1964. Neste ano, completam-se 60 anos do golpe.

Pela decisão de Moraes, Bolsonaro e seus ex-ministros estão proibidos de participar de “cerimônias, festas ou homenagens realizadas no Ministério da Defesa, na Marinha, na Aeronáutica, no Exército e nas Polícias Militares”.

Nas investigações conduzidas pelo ministro, Bolsonaro é suspeito de revisar minutas de decretos que imporiam um estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para rever o resultado da eleição e determinar a prisão de Moraes.

“Os elementos probatórios colhidos nos autos trazem vasto relato de complexa e coordenada atuação de organização criminosa, direcionada a propósito que inviabilizaria a manutenção do arranjo político do país, por meio da adoção de medidas que estipulavam estratégias de subversão da ordem jurídico-constitucional e adoção de medidas extremas que culminaram na decretação de um Golpe de Estado, a ser consumado mediante atuação das Forças Armadas, tudo a fim de assegurar a permanência no poder do então presidente Jair Messias Bolsonaro”, escreveu Moraes na decisão.

Bolsonaro alega que nunca tomou nenhuma medida nesse sentido e que um eventual estado de defesa ou sítio deveria ser aprovado pelo Congresso, se fosse assinado por ele.

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