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Relações internacionais

Ernesto Araújo vai aos EUA para encontrar Trump e lançar Aliança pela Liberdade Religiosa

Brasil lança Aliança Internacional pela Liberdade Religiosa junto com EUA, Polônia e Hungria
O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, chegará a Washington, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira (5). (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, estará nesta quarta-feira (5) em Washington, capital dos Estados Unidos, para participar do lançamento oficial da Aliança Internacional pela Liberdade Religiosa, grupo formado por diversos países para discutir o problema da intolerância religiosa no mundo. Na quinta (6), Araújo tomará café da manhã com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O chanceler brasileiro também se reunirá com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Polônia, Jacek Czaputowicz, e outras autoridades de países membros da Aliança.

O anúncio da viagem de Ernesto Araújo aos Estados Unidos foi feito nesta terça-feira (4) durante uma reunião bilateral entre Czaputowicz e o ministro brasileiro, em Brasília. Segundo o Araújo, tanto o Brasil quanto Polônia e Hungria podem ser considerados países protagonistas da aliança junto com os Estados Unidos. A criação do grupo foi uma iniciativa de Mike Pompeo.

"Esses quatro [países] têm assumido responsabilidade nessa área", afirmou Araújo. "É um tema de que pouco se falava, quase não se falava. É uma dimensão que é tão importante para a vida de bilhões de pessoas, que é a possibilidade de praticar a religião", acrescentou.

Quais serão os objetivos da Aliança pela Liberdade Religiosa

O ministro brasileiro afirmou que a intenção das reuniões da Aliança pela Liberdade Religiosa será abordar tanto a dimensão do discurso sobre a religião no âmbito diplomático quanto ações mais concretas para ajudar religiosos perseguidos. Araújo contou que durante a viagem que fez à África, por exemplo, esse foi "um tema muito presente" em conversas com autoridades africanas.

O chanceler da Polônia, por sua vez, afirmou que a questão religiosa é de grande importância para o atual governo do país, sendo "uma das prioridades para a Polônia no Conselho de Direitos Humanos da ONU".

A formação da aliança já havia sido adiantada no ano passado pelos governos dos EUA e do Brasil. Em setembro, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, reuniu-se com Sam Brownback, embaixador dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, para discutir uma aliança global contra a intolerância religiosa.

A iniciativa decorre de diálogos travados em duas conferências sobre o tema da liberdade religiosa organizadas pelos Estados Unidos, em julho de 2018 e julho de 2019. O tema da intolerância contra religiões é considerado chave para a política externa do governo Trump.

A conferência de julho de 2019 teve 106 países participantes e cerca de 50 deles levaram ministros de Estado. O Brasil foi representado pela ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves.

Apesar de Polônia, Estados Unidos e Brasil, países de maioria cristã, terem protagonismo no grupo, a aliança quer se estender para nações que têm maiorias de outras religiões, como o islamismo.

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