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O Ministério da Defesa informou nesta sexta-feira (31) que 23 mil mulheres se inscreveram no alistamento militar voluntário durante o mês de janeiro. As Forças Armadas disponibilizaram 1.465 vagas, sendo 1.010 para o Exército, 155 para a Marinha e 300 para a Força Aérea Brasileira (FAB).
As inscrições foram abertas em 1° de janeiro e seguem até 30 de junho no site oficial, no aplicativo do Exército ou presencialmente nas Juntas de Serviço Militar. O alistamento para o Serviço Militar Inicial Feminino (SMIF) é exclusivo para as mulheres nascidas no ano de 2007.
As mulheres serão incorporadas na Marinha como marinheiros-recrutas; no Exército, como soldados; ou na Força Aérea, como soldados de segunda-classe. A incorporação está prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2026 (de 2 a 6 de março) ou no segundo semestre (de 3 a 7 de agosto).
Nos dois primeiros dias de inscrição, a pasta divulgou que mais de 6 mil mulheres se alistaram voluntariamente. Em 10 dias, o número de inscrições chegou a 18 mil.
O Exército destacou, na ocasião, que o “volume expressivo nos primeiros dois dias demonstra o crescente interesse das mulheres em contribuir para a defesa do País e integrar as fileiras das Forças Armadas”.
As candidatas deverão participar do processo de seleção que inclui entrevista, testes físicos e exames de saúde. O serviço militar será de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos.
Elas terão acesso a benefícios semelhantes aos dos homens, como remuneração, auxílio-alimentação, contagem de tempo para aposentadoria, além da licença-maternidade.
As Forças Armadas contam com 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Antes do alistamento voluntário, elas já podiam ingressar no serviço militar como oficiais ou sargentos de carreira, mediante aprovação em concurso público.
“Também há a possibilidade das mulheres serem selecionadas como oficiais e sargentos temporárias (servindo por até oito anos), por meio de seleção conduzida pelas Regiões Militares. Com o alistamento voluntário, as mulheres passam a ter acesso a essa nova possibilidade de servir ao País, agora como soldados”, disse o Exército, em nota, no fim de dezembro.