Agência reguladora apura se operadoras tiveram conhecido da atuação do software espião utilizado pela Abin.| Foto: divulgação/Ministério das Comunicações
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A Agência Nacional de Telecomunicações informou, no começo da noite de quarta (31/1), que abriu três processos administrativos para investigar se as operadoras de telefonia Tim, Claro e Vivo sabiam ou se omitiram sobre o esquema de espionagem de celulares de autoridades sem autorização judicial pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

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As investigações da Polícia Federal apontam que as telefônicas teriam sido atingidas pelo monitoramento feito pelo software espião FirstMile, alvo de duas fases recentes da Operação Vigilância Aproximada contra o ex-diretor-geral da Abin, Alexandre Ramagem (PL-RJ), e o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL-RJ). O programa teria sido usado durante parte da gestão de Ramagem na agência.

A Anatel afirma que buscou esclarecer se houve conhecimento e cooperação das prestadoras de serviços de telefonia com a Abin e investigar possíveis falhas que poderiam permitir acessos indevidos. As empresas afirmaram não ter conhecimento prévio ou comunicação com a agência sobre o esquema.

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“Também informaram terem implementado soluções de bloqueio quanto a possíveis acessos indevidos por meio dos protocolos de interconexão internacional. Além disso, informaram terem realizado testes para confirmar a suficiência da solução”, disse a Anatel em nota.

A agência reguladora agora apura se as prestadoras identificaram tentativas de acesso indevido às informações na época dos acontecimentos e se deveriam ter notificado ou se tomaram ciência posteriormente, por meio da imprensa.

A Anatel informou, ainda, que a implementação de soluções de segurança pode ocorrer não apenas como reação a incidentes, mas também como medida preventiva e parte da gestão de riscos, em conformidade com as regulamentações setoriais.

“As prestadoras têm fornecido informações à Agência sobre o tema e foi acordada nova rodada de testes sobre a suficiência das soluções de bloqueio implementadas. Eventual constatação de indícios de descumprimento de obrigações enseja a abertura de processos sancionadores, que respeitam o devido processo legal de defesa e contraditório”, afirmou a agência

A Anatel também comunicou ter solicitado informações à Polícia Federal para contribuir com as investigações em curso.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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