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CPI do DF

Anderson Torres repete declarações dadas à CPMI e diz que agiu com rigor nos atos de 8/1

Anderson Torres
Anderson Torres prestou depoimento à CPI do DF e diz que agiu com rigor na segurança dos atos de 8 de janeiro. (Foto: CLDF)

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O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, prestou depoimento nesta quinta (10) à CPI dos atos de 8 de janeiro instalada na Câmara Legislativa do DF (CLDF). Ele repetiu algumas das declarações que deu à CPMI do Congresso na última terça (8), como as estratégias adotadas para o policiamento da Esplanada dos Ministérios e das sedes dos Três Poderes.

O ex-secretário chegou à CLDF acompanhado do advogado, Eumar Novack, e prestou esclarecimentos durante a manhã. Torres disse que as operações foram planejadas com base em informações de inteligência, que não indicavam a possibilidade de confrontos ou atos violentos.

“Sempre tive atuação técnica. [...] Todas as informações que recebi indicavam que tudo estava transcorrendo normalmente”, disse.

O ex-secretário também relembrou fatos anteriores ao 8 de janeiro, incluindo a depredação do prédio da Polícia Federal (PF) em 12 de dezembro. Ele enfatizou que as medidas de repressão foram aplicadas rigorosamente, resultando na prisão dos responsáveis em uma ação conjunta entre a PF e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Torres reafirmou o compromisso com as responsabilidades do cargo e ressaltou a cooperação com as investigações após a prisão. “Desde que fui preso, nunca deixei de contribuir com a justiça. Continuo disposto a cooperar para esclarecer os repugnantes acontecimentos de 8 de janeiro”, reiterou.

Além dos ataques às sedes dos Três Poderes, Anderson Torres foi questionado sobre as blitze realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 30 de novembro de 2022, durante a votação do segundo turno da eleição presidencial.

Ele disse que a orientação do Ministério da Justiça era para liberar as rodovias. Ele negou ter pedido um mapeamento de eleitores da região Nordeste, como revelou o inquérito que levou o ex-diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, à prisão na quarta (9), e afirmou que descartou o documento entregue pela delegada Marília Alencar, diretora de inteligência do Ministério da Justiça na época.

"Não fui eu [que determinou o levantamento]. A inteligência [do Ministério da Justiça] tem como uma das funções fomentar discussão. Ali naquele momento, nossa intenção era reprimir os crimes eleitorais, independente do partido", afirmou.

Torres mencionou, ainda, uma visita realizada em Salvador a convite do diretor-geral da Polícia Federal, Marcio Nunes, com discussões sobre diversos assuntos incluindo as eleições e vídeos divulgados na internet sobre supostos grupos criminosos que afirmavam controlar eleitores.

Anderson Torres passou quase quatro meses preso sob a acusação de uma suposta omissão diante dos atos de 8 de janeiro. Ele teve a prisão convertida em medidas cautelares em meados de maio com o uso de tornozeleira eletrônica.

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