O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres prestará depoimento à Polícia Federal, na próxima quinta-feira (22), mesmo dia previsto para a oitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A defesa de Torres informou que ele vai cooperar com as investigações e “esclarecer” o que for preciso. Já a defesa de Bolsonaro informou que ele ficará em silêncio.
“[A decisão] reafirma disposição para cooperar com as investigações e esclarecer toda e qualquer dúvida que houver, pois é o maior interessado na apuração isenta dos fatos”, informou o advogado Eumar Novacki à CNN Brasil.
O depoimento faz parte das investigações da operação Tempus Veritatis que teve como objetivo "apurar organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República [Bolsonaro] no poder".
As apurações apontaram, ainda, que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para "disseminar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022", antes mesmo da realização do pleito, de modo a "viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.
Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro de 2023 por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em maio, a sua prisão foi convertida em “medidas alternativas” mediante o uso de tornozeleira eletrônica. Nesta segunda (19), a defesa de Torres garantiu que o ex-ministro de Bolsonaro “cumpre rigorosamente” as medidas cautelares determinadas por Moraes.
O depoimento de Torres e do ex-presidente ocorrerá três dias antes de um ato marcado por Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo, no domingo (25), para se defender das suspeitas que vem sendo investigado pela Polícia Federal.
A data dos depoimentos também coincide com o dia da posse de Flávio Dino como novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma cerimônia que será realizada à tarde.
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