André Luiz Mendonça, que era advogado-geral da União, é o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, em substituição a Sergio Moro, que deixou o cargo na sexta-feira (24). A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (28).
Até segunda (27), o mais cotado para comandar o Ministério da Justiça era Jorge Oliveira, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, que tem laços com a família Bolsonaro. O nome de Mendonça ganhou força depois que ele se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro.
Mendonça fazia parte dos quadros da Advocacia-Geral da União (AGU) desde 2000. Antes, por três anos, foi advogado concursado da Petrobras. Evangélico, ele é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Passou a ser elencado como um dos favoritos para assumir uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) depois que Bolsonaro disse querer alguém "terrivelmente evangélico" na Corte.
Para o lugar de Mendonça na AGU foi nomeado José Levi do Amaral, até então procurador-geral da Fazenda Nacional.
Ramagem confirmado na PF
Bolsonaro confirmou, para a direção-geral da Polícia Federal, o nome de Alexandre Ramagem, que dirigia a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Delegado da PF desde 2005, ele vai ocupar o lugar de Maurício Valeixo, exonerado na sexta. Foi a demissão de Valeixo, uma decisão de Bolsonaro, que provocou o pedido de demissão de Moro, que deixou o governo acusando o presidente de tentar interferir na Polícia Federal.
Ramagem conta com o apoio dos filhos do presidente Jair Bolsonaro – tem relações próximas com o vereador Carlos Bolsonaro. Ele chefiou a equipe de segurança pessoal do então candidato a presidente durante a campanha eleitoral de 2018, após o atentado em Juiz de Fora (MG).
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