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Ministra da Igualdade Racial

Anielle cita violência contra mulheres pela primeira vez após demissão de Silvio Almeida

Anielle Franco se pronuncia sobre demissão de Silvio Almeida
Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.)

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, falou publicamente pela primeira vez desde a demissão do ex-ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, que foi acusado de assédio sexual contra mulheres do governo. Anielle seria uma das vítimas do ex-ministro.

A ministra da Igualdade Racial discursou no seminário do Ministério da Justiça e Segurança Pública que tinha como tema “Mulheres na Liderança por um Brasil mais seguro”, nesta terça-feira (17).

Sem citar Silvio Almeida, Anielle disse que as mulheres não estão sozinhas: “A gente segue em frente apesar de tudo”.

“De cada violência que diariamente tenta nos afetar e nos impedir, eu quero olhar aqui para esse auditório e lembrar que muitas das vezes, mesmo nas dificuldades, nós não estamos sozinhas e acho que nunca estaremos sozinhas. Se a gente passa o microfone para cada uma de vocês, certamente a gente teria muitas histórias em comum”, disse Anielle. 

A ministra também defendeu a continuidade do “projeto político” que disse acreditar.

“Esse projeto político de país que eu acredito e que certamente vocês também acreditam, passa por lugares como esse, com mulheres à frente de espaços de poder de decisão, sendo protagonista de suas histórias sem que nenhuma pessoa ache que possa tirá-la apenas por violentar”, afirmou.

Caso Silvio Almeida

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) enviou as investigações sobre as denúncias de assédio sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Silvio Almeida foi demitido do cargo de ministro dos Direitos Humanos, no dia 6 de setembro, depois que vieram à tona denúncias de importunação e assédio sexual supostamente praticados por ele.

Em nota, Almeida negou as acusações, afirmando que são “mentiras” e “ilações absurdas”.

Assim que o caso repercutiu na imprensa, a PF abriu uma investigação preliminar de ofício, sem a opinião de outro órgão, para apurar as denúncias apresentadas pela ONG Me Too Brasil com base em relatos anônimos de vítimas aos canais de atendimento da entidade.

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