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O deputado federal e policial federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) criticou nesta segunda-feira (29) a operação da PF contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Para Sanderson, a ação “não tem outro objetivo senão constranger e intimidar cidadãos e apoiadores” do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Conheço o padrão de trabalho da PF e posso afirmar que não é esse’’, escreveu o parlamentar na rede X.
“Fazer operações de busca e apreensão a “conta gotas”, para um mesmo caso, uma atrás da outra, é a prova de que a finalidade disso tudo é de aniquilação de adversários políticos”, declarou.
Sanderson ressaltou que em caso como esses, de uma única operação, “as buscas seriam feitas num mesmo dia, para assegurar a não comunicação entre os investigados e não haver destruição de provas”.
“Os envolvidos seriam inquiridos sobre os fatos (ninguém foi ouvido). Isso que temos assistido é pura perseguição política”, reforçou.
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo da operação Vigilância Aproximada por suspeita de ter recebido dados coletados ilegalmente pela Abin. Um dos locais das buscas é o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, onde foram apreendidos um computador e documentos.
A operação da PF, realizada nesta segunda (29), trata-se da mesma operação da última semana que mirou o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RS) e um grupo supostamente envolvido em um esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Ao todo foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro. Também são cumpridas medidas cautelares como a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.