Na chegada ao Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, Jair Bolsonaro comentou o teor do depoimento do ex-ministro Sergio Moro, tornado público nesta terça-feira (05). Bolsonaro afirmou que ainda vai se debruçar sobre o inteiro teor do depoimento e que, naquele momento, rebateria apenas um ponto do que foi colocado pelo ex-ministro e ex-juiz da Lava Jato. O presidente afirmou que em nenhum momento pediu quaisquer relatórios de inquérito policial e classificou como "mentira deslavada" a afirmação sobre isso dada por Moro aos agentes da PF.
Bolsonaro criticou a entrega de mensagens à rede Globo, mas também mostrou seu celular aos jornalistas que estavam no local. A atitude teve o objetivo de "provar" a afirmação feita por ele ontem, quando chamou as acusações de seu ex-ministro de "fofoca". Bolsonaro exibiu às câmeras um trecho de conversa anterior àquele fornecido por Moro ao Jornal Nacional como indicação da suposta tentativa de interferência do presidente na Polícia Federal. Na troca de mensagens, Bolsonaro envia a Sergio Moro o mesmo link de notícia sobre investigação contra parlamentares bolsonaristas e recebe do então ministro a resposta "isso é fofoca", demonstrando que o tema já vinha sendo debatido entre os dois e não teria o peso atribuído pelo ex-juiz
O presidente destacou que ainda quer ver as dez páginas de depoimento, mas que, pelas informações a que tivera acesso até então, "em momento nenhum ele falou que eu cometi crime". Bolsonaro voltou a falar em restabelecimento da verdade e ainda lamentou que "uma figura que foi tão importante tenha esse fim", em alusão ao ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e o acusou de vazar relatórios a veículos de imprensa.
Bolsonaro voltou a reclamar dos jornalistas, mas em tom menos agressivo do que pela manhã, quando chegou a mandar jornalistas "calarem a boca". Assim que se aproximou das equipes de imprensa, Bolsonaro disse que iria embora caso os repórteres fizessem perguntas e no decorrer de sua fala ironizou a cobertura sobre a suposta interferência em investigações, alegada por Moro. Em dado momento declarou que não tem necessidade de acesso a investigações, "é só ligar na Globo, tudo vaza para lá", disse o presidente. Ele ainda reforçou que não é alvo de investigações, tampouco seus filhos, e que não é interferência manter canal aberto junto aos ministérios para apontar erros e buscar soluções.
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