Senadores da oposição na análise da reforma tributária no Senado.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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Parte dos senadores que votaram contra a reforma tributária, aprovada por 53 votos favoráveis à proposta e 24 contrários em votação realizada nesta quarta-feira (9), usaram as redes sociais para justificar o voto contrário a proposta que cria a maior alíquota do mundo.

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“Votei contra a proposta da reforma tributária por entender que a versão final aumenta a carga tributária e prejudica o contribuinte brasileiro. O texto tem muitas exceções que irão resultar, infelizmente, em alíquota mais alta. O Senado deveria ter enxugado as exceções, mas foram ampliadas”, disse a senadora Tereza Cristina (PP-MT).

A oposição tentou, sem sucesso, por meio de emenda em plenário, travar o aumento de impostos para colocar o limite de 25% para o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), mas a taxa ficou definida em torno de 27,5%.

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O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), declarou que a reforma aprovada pelo Senado é uma "justiça fiscal sufocada por privilégios". Ele acrescenta que o texto "privilegia os grandes setores e grupos mobilizados, ignorando a justiça fiscal aos contribuintes e falhando com o Brasil e o nosso futuro".

"Este governo do PT sabe que essa reforma vai impactar o Brasil, a partir dos mandatos subsequentes. Então, gerar uma dívida pública impagável, gerar distorção do ponto de vista fiscal, para eles é um problema menor. Querem dizer ao mercado que tiveram uma reforma para chamar de sua", disse, no plenário.

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A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) também lamentou a aprovação do texto e criticou a "disputa política" em cima de "uma reforma que era pra ser do Brasil e não de governo". "Infelizmente, esse texto absurdo da reforma tributária passou aqui, no Senado. Não dou um ano para estar todo mundo aqui chorando, porque esse texto não atende às necessidades do Brasil e não vai mudar em nada a vida do contribuinte. Lamento!", disse a senadora.

Ao reforçar o seu voto contrário à PEC, o senador Jorge Seif Júnior (PL-SC) fez uma breve retrospectiva lembrando que "a reforma passou pela Câmara sem um debate aprofundado e o governo federal liberou mais de R$ 5 bilhões num só dia para que os deputados votassem". Ele criticou o aumento de cobrança de impostos e citou o impacto da proposta para os Estados. "A cada R$ 100 que os catarinenses pagam de impostos, aproximadamente e somente R$ 10 voltam para o meu Estado, e isso não foi corrigido", declarou.

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A proposta da reforma segue agora para uma nova votação na Câmara dos Deputados. E alguns deputados federais já adiantaram à Gazeta do Povo que o texto deve passar por novos ajustes.