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Vereadora eleita em SP

Apesar de crítica a Braga Netto, Paschoal questiona inquérito sobre suposta trama golpista

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A ex-deputada e vereadora eleita em São Paulo, Janaina Paschoal (PP-SP) (Foto: Pedro França/Agência Senado)

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A ex-deputada e vereadora eleita em São Paulo, Janaina Paschoal (PP-SP), culpou o general Braga Netto pela volta da esquerda à Presidência da República e criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela escolha do general como candidato a vice-presidente em 2022.

“Eu entendo, firmemente, que perdemos o Brasil por culpa de Braga Netto. Eu não suporto este homem. Se Bolsonaro tivesse chamado Tereza Cristina para vice, não estaríamos nesta situação. Mas não, ele quis se blindar de um possível impeachment no segundo mandato, chamou um general mais pesado do que o que já tinha, e entregou a nação à esquerda”, disse Paschoal em publicação no Instagram, nesta quarta-feira (20).

Apesar das críticas ao general, Paschoal questionou a condução do inquérito em que a Polícia Federal (PF) diz ter identificado um suposto plano para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

De acordo com a PF, a suposta trama previa os generais Augusto Heleno e Braga Netto como comandantes de um “gabinete de crise” após a execução dos alvos.

Para Paschoal, até o momento, nenhum dos documentos relativos à investigação, tornados públicos pelo ministro Alexandre de Moraes, indicam a participação do general Braga Netto no suposto plano.

“Com todo respeito, não é crível que o assassinato de altas autoridades seja tramado contando com o uso e um táxi. Pelos relatórios mencionados, eles teriam evitado pedir Uber, para suas localizações não ficarem registradas na plataforma, mas não conseguiram um táxi e abortaram o plano [...] Não é possível! Insisto, sempre respeitosamente, que se levante o sigilo dos documentos que instruíram a decisão, pois, o país tem direito a esse resgate histórico”, completou Paschoal.

“Operação contragolpe”

Na terça-feira (19), a PF prendeu quatro militares do Exército e um policial federal sob acusação de elaboração de um plano de golpe após a eleição presidencial de 2022.

Segundo o relatório, os militares atuavam nas Forças Especiais – os chamados “kids pretos” – e o policial federal chegou a trabalhar na segurança do então eleito Lula durante a transição, vazando informações “para pessoas próximas ao então presidente Jair Bolsonaro (PL) aderindo de forma direta ao intento golpista”.

A PF afirma que documentos relativos à execução destas autoridades chegaram a ser impressos no Palácio do Planalto na época, e apontou uma ligação de Bolsonaro com o grupo. 

Ainda classificou as tentativas de homicídio como “ações clandestinas” de uma operação intitulada “Copa 2022” para “neutralizar o ministro Alexandre de Moraes” e “extinguir a chapa presidencial vencedora”. 

O nome da operação é alusiva aos codinomes adotados pelos participantes, com alusão a países participantes do mundial.

Ainda, segundo a PF, além do documento com o detalhamento da execução de Lula, Alckmin e Moraes, teriam sido impressas no Palácio do Planalto duas minutas que instituiriam um "Gabinete Institucional de Gestão de Crise".

O gabinete seria chefiado pelo general Augusto Heleno, que comandou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro; general Braga Netto, que foi vice do ex-presidente na chapa candidata à reeleição, como coordenador-geral; e, entre outros, do ex-assessor de assuntos internacionais Filipe Martins, que foi preso durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, e solto em agosto. 

O documento teria sido impresso pelo general Mário Fernandes, que foi ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.

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