O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve manter suas viagens e compromissos políticos apesar das investigações envolvendo uma suposta venda de joias recebidas à época em que era chefe do Executivo. Segundo uma fonte do partido, ele deve comparecer na cidade de Barretos, interior de São Paulo, neste fim de semana, apesar de ter sido internado para exames de rotina nesta semana. A cidade realiza a famosa Festa do Peão de Barretos.
Para integrantes do PL, as investigações que culminaram na prisão do tenente-coronel Mauro Cid e operações contra aliados próximos não devem afetar o planejamento político do ex-mandatário. Ele também fará uma viagem a Belo Horizonte, em setembro, para realizar a posse da diretoria do PL em Minas Gerais.
No mesmo mês, ainda em Belo Horizonte, nos dias 23 e 24, o ex-presidente participa da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC). A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também deve estar presente. O evento reúne personalidades conservadoras e já contou com a participação do ex-presidente em edições anteriores.
A ex-primeira-dama também deve manter sua agenda de viagens. Ela é esperada em um evento sobre mulheres nos dias 25 e 26 de agosto no Recife. O Partido Liberal tem previsto eventos do PL Mulher em outras cidades do interior e na região metropolitana de todos os estados do Nordeste ainda em 2023.
Com a eleição de 2024 na mira, o PL intensifica a agenda do ex-presidente para aquecer o eleitorado que escolherá os próximos prefeitos e vereadores. A estratégia da sigla é eleger entre 1.000 e 1.500 prefeitos. Atualmente o PL conta com 343 prefeitos.
Aliados evitam falar sobre caso das joias
Os aliados procuram se manter cautelosos ao comentarem o caso das joias. Uma possível prisão do ex-presidente também é avaliada nos corredores da Câmara. Por outro lado, a popularidade do ex-mandatário ainda é considerada como forte ativo eleitoral.
Recebendo o Título de Cidadania Goiana, na Assembleia Legislativa de Goiânia, na última sexta-feira (18), Bolsonaro foi ovacionado pelos presentes e viu a galeria do Plenário Iris Rezende lotada de apoiadores.
Para o cientista político Elton Gomes, professor na Universidade Federal do Piauí (UFPI), a estratégia do presidente visa manter a relevância dentro cenário nacional.
"Acho que uma estratégia que faz muito sentido. A pior coisa que acontece para um político que está numa situação de precariedade, de vulnerabilidade, é demonstrar que sentiu o golpe, que sentiu o impacto das acusações que pesam contra si", diz o professor.
E acrescenta: "Ele procura manter a normalidade e isso é importante por duas razões: primeiro porque mostra que ele ainda tem considerável apoio popular e depois demonstra que, ainda que ele seja preso, continuará dispondo de um papel muito relevante na arena política brasileira".
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