Após cinco meses de investigação, a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que apurava se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “importunou” uma baleia jubarte durante um passeio de jet ski no litoral de São Sebastião, em São Paulo, em junho do ano passado.
No relatório final, a PF diz que Bolsonaro não teve a “intenção de molestar ou causar qualquer ofensa aos animais avistados”.
“Percebe-se que o investigado Jair Messias Bolsonaro não possuía consciência da ilicitude de seu comportamento, pois postou o vídeo na internet como uma forma de admiração pelos animais, sem imaginar que o fato poderia gerar um processo criminal. Assim, tenho que não houve a intenção de molestar ou causar qualquer ofensa aos animais avistados pelos investigados”, diz um trecho do relatório da PF datado de 22 de março de 2024 que foi obtido pelo jornal O Estado de São Paulo (Estadão).
Agora, o caso será analisado pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, que pode arquivar, pedir mais diligências à PF ou denunciar o ex-presidente à Justiça.
O inquérito contra o ex-presidente foi instaurado pelo MPF, que acusa Bolsonaro de um "possível crime de importunação intencional de espécies de cetáceos", previsto em uma lei de 1987 que proíbe a pesca de animais como baleias e golfinhos nas águas jurisdicionais brasileiras.
O MPF destaca que o fato foi constatado a partir de vídeos postados em redes sociais, que mostram o ex-presidente conduzindo um jet ski a cerca de 15 metros da baleia jubarte.
Ao tomar conhecimento do inquérito no ano passado, Bolsonaro reagiu dizendo que “a única baleia que não gosta dele está no ministério”, em referência ao ex-ministro da Justiça, Flávio Dino.
“Todo dia tem uma maldade em cima de mim”, disse o ex-presidente em novembro do ano passado.
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