A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, acionou nesta quinta-feira (28) o Ministério da Justiça para investigar ameaças recebidas nas redes sociais e pelo e-mail institucional da pasta. Os ataques de ódio à ministra se intensificaram após o episódio em que uma das assessoras da pasta criticou são-paulinos e paulistas em postagens. O ministério informou que Franco teme pela própria integridade física e solicitou proteção e escolta até o fim dos ataques.
No último domingo (24), a ministra foi cumprir agenda na final da Copa do Brasil, em São Paulo, onde assinou um acordo para o combate ao racismo em conjunto com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Uma das assessoras que acompanharam Franco, Marcelle Decothé, afirmou nas redes sociais: "Torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade… Pior, tudo de pauliste". Além disso, a assessora chamou a diretoria do Flamengo de “fascista” e reclamou da Polícia Federal (PF).
Na tarde de terça-feira (26), o ministério anunciou que Decothé havia sido exonerada do cargo. Em uma das mensagens anexadas ao ofício enviado ao Ministério da Justiça, um usuário xinga a ministra e diz: "tomara q tenha o msm fim da irmã…aqui é são paulo sua vaca suja", informou a coluna Painel, da Folha de S. Paulo. Anielle é irmã da vereadora Marielle Franco, assassinada a tiros no Rio de Janeiro junto com o motorista Anderson Gomes, em 2018.
Segundo a pasta, a ministra "vem sofrendo ameaças à sua vida, à sua integridade física e psicológica, bem como vem sendo vítima de racismo". "É muito doloroso receber ameaças de morte e violência por ser uma mulher na política e perceber que desde a minha irmã, nada mudou. Essa investigação é importante para que possamos seguir com o nosso trabalho e a construção das políticas públicas para o povo brasileiro. É para isso que eu trabalho todos os dias", afirmou a ministra.
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