Ouça este conteúdo
Para tentar reverter o ato vazio, realizado no dia 1º de maio, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que reuniu menos de 2 mil pessoas, em São Paulo, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) fará uma nova manifestação na próxima quarta-feira (22). Dessa vez, o ato será em Brasília.
A pauta do protesto será a revogação das reformas trabalhista e da Previdência. Ao Estadão, alguns dirigentes da entidade afirmaram que “o sucesso do evento será essencial para reverter o fiasco do último ato”.
A CUT espera reunir pelo menos 10 mil pessoas na capital federal. No entanto, a logística do evento e a realização durante a semana pode dificultar a presença dos militantes.
A data do dia 22 de maio foi escolhida, porque condiz com a realização das sessões legislativas no Congresso Nacional e será uma forma de pressionar os deputados federais e senadores.
Durante o evento do Dia do Trabalhador, Lula discursou para 1.635 pessoas na Neo Química Arena, o estádio do Corinthians, e reclamou com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macêdo, que o ato foi “mal convocado”.
As declarações de Lula durante o evento foram alvo de críticas e ações na Justiça Eleitoral. Ele pediu votos explicitamente para o pré-candidato à prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol), prática vedada pela legislação eleitoral.
A Justiça determinou que as imagens da cerimônia fossem removidas das redes sociais. A ordem foi cumprida pelo petista na tarde desta quarta-feira (2). O chefe do Executivo pode receber uma multa que varia entre R$ 5 mil e R$ 25 mil.
VEJA TAMBÉM:
- Fiasco do Dia do Trabalho mostra que o povo cansou de levar Lula a sério
- Lula desrespeita lei eleitoral pedindo votos para Boulos em ato esvaziado do Dia do Trabalho
- Sob Lula, greves do setor público superam primeiro ano de Bolsonaro
- Governo Lula tenta avançar nas negociações com professores e servidores