Após sofrer críticas, o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, retirou o projeto de lei que protocolou semana passada para alterar radicalmente o modelo de eleição para o Senado. A proposta visava barrar a tendência de maioria conservadora na Casa após o pleito de 2026.
Para fragmentar o apoio popular à direita, a proposta criava voto único em eleições nas quais dois terços das vagas estão em disputa, caso da próxima. Atualmente, cada eleitor pode votar em dois candidatos e os mais votados são os eleitos. Randolfe argumentava que esse modelo “concentra poder”.
A proposta previa que cada eleitor teria direito a apenas um voto. As duas vagas seriam ocupadas pelos candidatos mais votados, gerando, segundo Randolfe, “mais diversidade e equilíbrio” e esvaziando a polarização. Na prática, a investida ataca a meta da direita de “ocupar o Senado” em 2027.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) busca pares de candidatos competitivos em vários estados, visando maioria conservadora no Senado. O esforço visa a escolha de um presidente da Casa alinhado às pautas da direita, como a abertura de impeachment contra juízes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Com a retirada do PL 4629/2024, poucos dias após ser protocolado e sem qualquer justificativa, a tendência é Randolfe buscar incluir a pretendida mudança no projeto de novo código eleitoral, em discussão na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), sob a relatoria de Marcelo Castro (MDB-PI).
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