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Crise com Nicolás Maduro

Após críticas sobre eleições na Venezuela, embaixador pede reunião com Lula

Venezuela quer reunião com Lula para aparar arestas.
Venezuela quer reunião com Lula para aparar arestas. (Foto: Fabio Rodrigues/Agência Brasil)

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Após o presidente Lula (PT) ter declarado que a situação da eleição na Venezuela é “grave” nesta quinta-feira (28), o embaixador do país no Brasil, Manuel Vadell, acionou o Itamaraty para marcar uma reunião e tentar acalmar os ânimos.

A eleição na Venezuela está marcada para o dia 28 de julho. Ainda não há uma data para a visita do embaixador venezuelano ao Palácio do Planalto, nem se Lula estará presente. O encontro deve ser conduzido pelo assessor especial da presidência da República Celso Amorim.

Nesta semana, o governo federal publicou um comunicado expressando “preocupação” com a impossibilidade do registro da candidatura de Corina Yoris, principal opositor ao regime de Nicolás Maduro.

Nesta quinta, o presidente Lula, aliado histórico de Maduro, criticou publicamente o processo eleitoral no país vizinho. "Ela [Corina Yoris] não foi proibida pela Justiça. Me parece que ela se dirigiu até o lugar e tentou usar o computador, o local, e não conseguiu entrar. Então foi uma coisa que causou prejuízo a uma candidata", disse o petista.

Após as críticas de Lula, a Venezuela afirmou que as declarações parecem ter sido feitas pelos Estados Unidos. “A Venezuela repudia a declaração cinzenta e intrometida, redigida por funcionários do Itamaraty, que parece ter sido ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, onde são emitidos comentários carregados de profunda ignorância sobre a realidade política na Venezuela”, disse a nota venezuelana.

Maduro, que está no poder há 11 anos, tenta mais um mandato. A coalizão Plataforma Unitária Democrática, composta por dez partidos de oposição, afirmou não ter conseguido registrar o nome de Corina Yoris. Esta é a segunda vez nesta eleição que um nome da oposição é vetado de disputar o pleito. María Corina Machado também foi retirada da eleição pela Suprema Corte venezuelana, alinhada ao regime de Maduro. Após as duas negativas, a oposição apoiará Manuel Rosales, que conseguiu se inscrever de última hora no processo eleitoral.

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