O presidente Lula (PT)| Foto: Reprodução/Canal Gov
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Após negar que membros da sua equipe teriam medo de confrontá-lo sobre questões do governo e dizer que gosta de ouvir muita gente sobre decisões do seu governo, o presidente Lula (PT) reclamou de “da quantidade de gente que dá palpite em coisas [da política] que não deveriam”.

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A suposta falta de diálogo com membros da equipe e representantes de outros Poderes são alvos de queixas nos bastidores desde o início do mandato do petista.

“Eu jamais ficarei de biquinho, jamais ficarei de cara feia porque você disse uma coisa que eu não gosto. Se você disser uma coisa que eu não gosto, às vezes essas coisas podem me ajudar mais do que se você fosse uma pessoa lambe-botas”, disse o presidente durante entrevista concedida à TV Record, nesta terça-feira (17).

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“Acho que dou guarita para as pessoas fazerem perguntas que quiserem. Tenho discussões sinceras no governo com muitos governos. Acho que as pessoas podem dizer ‘não’ a hora que quiserem dizer ‘não'. Obviamente, é o presidente da República quem tem o poder de fazer ou não fazer as coisas”, completou.

Segundo o presidente, ele costuma consultar especialistas ou representantes de setores sempre que tem alguma decisão importante para tomar.

Após afirmar que costuma ouvir muita gente sobre questões do governo, Lula reclamou “da quantidade de gente que dá palpite em coisas [da política] que não deveriam”.

O petista mudou o discurso quando perguntado sobre a expectativa do anúncio do novo nome do presidente do Banco Central (BC).

“Na prática, eu tenho o direito de escolher o presidente do Banco Central. É importante voltar a um fato histórico: O BC não era independente como ele é hoje e eu duvido que tenha tido um presidente mais independente do que o Henrique Meirelles, que foi meu presidente do Banco Central por oito anos”, afirmou Lula.

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“Quanto tiver um nome correto, vou chamar o Haddad e vamos discutir a indicação”, completou.

Lula também negou que tenha diminuído a convivência com outros políticos.

“Não é verdade que tive mais convivência [com outros políticos] no primeiro mandato que agora”, disse o presidente ao citar o tempo gasto com viagens e acordos com países alinhados ideologicamente.

Ainda, segundo o presidente, a pessoa que ele mais ouve sobre política e economia é a primeira-dama, Janja.

“A Janja é uma pessoa que diz não para mim muitas vezes. Ela quer discutir economia, quer discutir política de direitos humanos, política de gênero, política de igualdade. Tudo ela quer discutir e eu acho maravilhoso”, afirmou Lula.

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