Encontre matérias e conteúdos da Gazeta do Povo
Críticas

Após gafes, Lula reclama de frases “tiradas de contexto”

Após gafes, Lula reclama de frases “tiradas de contexto”
Lula reclamou da imprensa por frases “tiradas de contexto” após ser criticado por uma série de gafes nos últimos dias. (Foto: André Borges/EFE.)

Ouça este conteúdo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira (17) parte da imprensa por considerar que suas frases foram “tiradas de contexto” para “fazer intriga”. A reclamação ocorre após o petista ser criticado por falas controversas nos últimos dias.

O mandatário disse ter a "impressão de que o país está em guerra permanente" ao acompanhar o noticiário.

“Acompanhando a imprensa, os jornais, a internet, a gente tem a impressão que o país está em guerra permanente, porque, muitas vezes, a mentira se sobrepõe aos fatos concretos”, disse o presidente em evento no Planalto. 

“Muitas vezes você está vendo o telejornal e o que predomina não é a notícia completa. É uma frase da notícia tirada de contexto, que, de preferência, se puder fazer intriga, melhor. Se não puder, não tem problema”, afirmou. 

Lula cometeu uma série de gafes nos últimos dias

Nesta terça (16), Lula comentava sobre uma pesquisa que apontou o aumento da violência contra a mulher após jogos de futebol, quando afirmou que “se o cara é corinthiano, tudo bem”. Em seguida, ele disse “lamentar profundamente” os dados revelados pelo levantamento. 

"Hoje, eu fiquei sabendo de uma notícia triste, eu fiquei sabendo que tem pesquisa, Haddad, que mostra que depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corinthiano, tudo bem, como eu. Mas eu não fico nervoso quando perco, eu lamento profundamente. Então, eu queria dar os parabéns às mulheres que estão aqui", disse o presidente.

No mesmo dia, o chefe do Executivo afirmou que precisa “estar convencido” sobre corte de gastos e que “não é obrigado” a cumprir a meta fiscal, se “tiver coisas mais importantes para fazer”. Logo depois, ele defendeu o que fará o que for “necessário” para cumprir o arcabouço fiscal.

A declaração foi feita em entrevista a TV Record veiculada na íntegra à noite, contudo, um trecho do conteúdo foi vazado durante a tarde e mexeu com o mercado financeiro. Com a repercussão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a frase havia sido descontextualizada.

VEJA TAMBÉM:

Já nesta manhã, o presidente chamou de “essa gente” pessoas portadoras de deficiências ao discursar no encerramento da 5ª Conferência dos Direitos da Pessoa com Deficiência. “A Janja me alertou uma coisa: ‘amor, tome cuidado com cada palavra que você vai falar, porque essa gente tem a sensibilidade aguçada’”, disse Lula no início de sua fala. 

Lula diz que ligou para Lira após briga entre deputados

Durante o evento desta tarde, Lula afirmou que ligou para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após ver imagens de uma briga entre deputados nas dependências da Casa. O petista disse a Lira que a confusão promove a “degradação” da política. 

“Esses dias eu liguei para o presidente da Câmara depois de uma briga que houve na Câmara, houve uns pontapés, uns tapas, uns socos. Eu liguei pro presidente Lira e falei: ‘Lira, eu acho que é o seguinte, cara: você precisa conversar com os deputados, os senadores, porque é o seguinte, nós estamos promovendo um processo de degradação da função política’”, frisou Lula. 

No início de junho, houve uma confusão entre deputados após o Conselho de Ética arquivar as acusações de “rachadinha” contra André Janones (Avante-MG). Nikolas Ferreira (PL-MG) e Janones discutiram depois do anúncio do resultado. O deputado do Avante foi contido por assessores.

Dias depois da briga, a Câmara aprovou um projeto que prevê a suspensão cautelar, por até seis meses, de deputados que quebrem o decoro. Agora, a Mesa Diretora pode propor a suspensão do mandato do parlamentar, que deverá ser analisada pelo Conselho de Ética em até três dias úteis com prioridade sobre demais deliberações.

Evento no Planalto

Lula sancionou, nesta tarde, dois projetos de lei em uma cerimônia no Palácio do Planalto. O PL 6.230/2023 altera a lei nº 9.795/1999 para assegurar atenção às mudanças do clima, à proteção da biodiversidade e aos riscos e vulnerabilidades a desastres socioambientais na Política Nacional de Educação Ambiental.  

Já o PL 1.741/2022 prorroga os prazos de conclusão de cursos ou de programas para estudantes e pesquisadores da educação superior, e a vigência de bolsas de estudo, em virtude de maternidade, paternidade e guarda de menores. 

Use este espaço apenas para a comunicação de erros