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Sucessão na Câmara

Após Lira apoiar Motta, Elmar mantém candidatura e critica “deslealdade”

Elmar Nascimento vinha sendo apontado como o “preferido” de Arthur Lira, mas não teve o seu apoio. (Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

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O deputado Elmar Nascimento (União-BA) reafirmou nesta terça-feira (29) sua intenção de disputar a presidência da Câmara. Ele criticou o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), chamando-o de "desleal" e declarou que pretende persuadir o PT a adiar um possível apoio a Hugo Motta (Republicanos-PB).

"O apoio do presidente Arthur Lira ao colega Hugo Motta é legítimo. No entanto, a condução da Câmara dos Deputados não deve buscar uma unanimidade artificial, reduzida a uma única vontade", escreveu Nascimento pela rede X.

Nascimento argumenta que a proximidade de Motta com o ex-deputado Eduardo Cunha, figura-chave no processo de impeachment de Dilma Rousseff, pode gerar resistência entre petistas.

O candidato à sucessão na Câmara se reuniu com a bancada do PT, nesta terça (29), para evitar que os petistas apóiem Motta. Ele citou a proximidade com Cunha e argumentou que o União Brasil votou junto do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em temas importantes, em especial na área econômica.

"Minha candidatura se firma na renovação e no fortalecimento da democracia, valorizando a diversidade de pensamentos. Não buscamos consensos artificiais, mas espaços para a saudável disputa de ideias”, ressaltou Elmar Nascimento pelas redes sociais.

O líder do União também reafirmou que tem "afinidades e valores comuns" com o deputado Antonio Brito (PSD-BA). "Estabelecemos uma aliança estratégica: quem avançar ao segundo turno terá o apoio do outro", diz Nascimento.

Brito confirma candidatura

Brito também participou do encontro com a bancada do PT para firmar a sua candidatura. Ao final do encontro, ele disse aos jornalistas que é o "candidato do consenso" por ter proximidade com todos os setores da Câmara. "Sou candidato do consenso. Eu tenho buscado ser consenso na Casa", disse Brito.

O líder do PSD ainda garantiu que está em contato com a bancada do União Brasil e com outros partidos para construção de um bloco para disputar a eleição. Ele também acredita numa composição entre as legendas.

"Vocês conhecem: eu dialogo com a esquerda, com a direita e com o centro. O consenso não é buscado entre os desiguais, mas buscar pautas comuns a todos que a gente possa defender e colocar em votação na Casa, com previsibilidade, e isso eu vou fazer", declarou.

O PT ainda não se posicionou sobre quem irá apoiar para a presidência da Câmara, assim como PL que conta com a maior bancada de deputados. A eleição para a Mesa Diretora ocorre em fevereiro de 2025.

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