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Conhecido por intimidar empresas na internet para cancelar e desmonetizar propagandas em veículos de comunicação que não comungam com os valores ideológicos do grupo, o Sleeping Giants Brasil (SGB) deu início a uma campanha de desmonetização do X (antigo Twitter) em retaliação às denúncias do bilionário Elon Musk, dono do X, sobre a pressão sofrida pela rede social para censurar perfis não alinhados à esquerda.
Apesar de se dizer apartidário, o Sleeping Giants Brasil ganhou notoriedade ao atacar veículos de comunicação que não são alinhados à esquerda.
“Atenção! Isso não é um teste! Iniciaremos a campanha mais importante desde a criação deste movimento e precisaremos mais do que nunca de todos vocês! O Twitter era um espaço onde compartilhávamos as nossas conquistas, desejos, opiniões e sonhos, mas infelizmente o X virou o nosso pesadelo. Um parque de diversões de um bilionário excêntrico que brinca zombando da nossa soberania enquanto desafia a justiça. Mas isso acaba hoje, chegou a hora de nós brasileiros virarmos o jogo, defendermos o nosso país e desmonetizarmos os ataques ao Brasil que enriquecem Elon Musk. Chegou a hora de #DesmonetizaTwitter!”, escreveu o SGB em seu perfil na rede social X, nesta segunda-feira (8).
A conta do SGB no X ostenta o “selo azul” fornecido a perfis que pagam entre R$ 880 e R$ 1 mil pela versão premium da rede social. Seguido por mais de 570 mil usuários no X, o SBG ainda usa a rede social para divulgar a sua plataforma de captação de doações.
O grupo também é conhecido por receber aportes milionários de fundações que financiam ONGs e pautas de esquerda em vários países.
A reação do SGB faz coro com a posição do governo Lula em relação ao escândalo que está sendo chamado de “Twitter Files Brazil”, que trouxe documentos com revelações de como a plataforma reagiu a pedidos de censura feitos, principalmente, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em 2022.
Neste fim de semana, Musk decidiu passar por cima de todas as restrições impostas pela Justiça brasileira contra determinados perfis na plataforma, acusou Moraes de censura e prometeu reativar os perfis por considerar as medidas impostas como arbitrárias e ilegais.
Em resposta, no domingo (7), Moraes determinou a abertura de um inquérito contra Musk. No despacho, o ministro pediu a inclusão do empresário como investigado em outro inquérito já existente, o polêmico inquérito das milícias digitais.