O deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) foi eleito nesta segunda-feira (17) pelo partido Solidariedade como o novo presidente nacional da legenda. A decisão ocorre após a prisão preventiva do ex-presidente Eurípedes Júnior, investigado por lavagem de dinheiro e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Em nota, o Solidariedade informou que "a escolha de Paulinho da Força reflete a confiança do partido em sua capacidade de liderar a legenda de acordo com os pilares
ideológicos do Solidariedade".
O deputado figurava como vice-presidente da sigla, que tinha liderado entre outubro de 2013 e novembro de 2022. O antecessor do parlamentar era o político goiano Eurípedes Júnior. No último sábado (15), Júnior que estava foragido da justiça desde a quarta-feira (12), se entregou à Polícia Federal (PF) depois de passar três dias foragido. Seu nome passou a integrar a lista de procurados pela Interpol na sexta-feira (14).
Em nota assinada pela defesa, os advogados do presidente do Solidariedade afirmam que, “após ter se licenciado do exercício das suas funções de dirigente partidário, Eurípedes Gomes Macedo Júnior, voluntariamente, apresentou-se à Polícia Federal do Distrito Federal, para permitir o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido em seu desfavor”.
Além dele, outras seis pessoas foram presas em operação da PF que investiga desvios de pelo menos R$ 36 milhões dos fundos partidário e eleitoral do antigo Pros (Partido Republicano da Ordem Social).
Durante a operação foram apreendidos pela PF R$ 26 mil em espécie e um helicóptero avaliado em R$ 2,4 milhões, registrado em nome do Pros. As suspeitas são de que a aeronave foi comprada com recursos públicos desviados.
O novo presidente do partido Paulo Pereira da Silva, mais conhecido como Paulinho da Força, exerce o quarto mandato como deputado federal. Já foi presidente da Força Sindical. No final do ano passado, Supremo Tribunal Federal (STF) reverteu a própria decisão e absolveu Paulinho da Força em um caso de suposto envolvimento em um esquema de desvio de valores em contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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