Um dia depois de se reunir com Celso Amorim, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para política externa, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky enfatizou que o fim da guerra da Rússia contra a Ucrânia só será possível através do que ele chama de “fórmula da paz”.
A afirmação foi postada por ele no Twitter na manhã desta quinta (11), em que diz manter seu posicionamento sobre a invasão russa ao território.
“Encontrei com o assessor especial de política externa do presidente da República, Celso Amorim. Enfatizei que o único plano capaz de impedir a agressão russa na Ucrânia é a Fórmula da Paz Ucraniana. Discutimos a possibilidade de realizar a Cúpula Ucrânia-América Latina. Espero continuar o diálogo com o Presidente Lula e dar-lhe as boas-vindas à Ucrânia”, disse.
A mensagem ocorre um dia depois de Celso Amorim afirmar que “não será fácil chegar a uma confluência” de concessões entre Ucrânia e Rússia para estabelecer um acordo de paz. O embaixador foi ao país europeu para tentar conter a crise causada por declarações de Lula sobre a responsabilidade pela guerra.
“Naturalmente, Zelensky tem as posições dele, mas acho que assim vamos progredindo”, completou Amorim. Pouco depois da reunião, o vice-ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Melnyk, afirmou que “o Brasil pode desempenhar um papel importante para deter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa”.
Ucranianos esperam posição mais equilibrada de Lula
De acordo com um comunicado divulgado nesta quinta (11) pelo governo ucraniano, Celso Amorim foi informado detalhadamente sobre a situação da invasão russa ao território ucraniano, como as ações dos ocupantes russos, em particular, os recentes ataques de mísseis contra infraestrutura civil e cidadãos ucranianos (veja na íntegra).
Roman Mashovets, chefe do Gabinete de Estado, expressou, ainda, a esperança por uma posição “ainda mais equilibrada do Brasil” e pessoalmente do presidente Lula em relação à agressão armada russa contra a Ucrânia.
Andriy Yermak, também chefe do Gabinete de Estado, disse que agradece ao presidente brasileiro por “envolver a Ucrânia” na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia, que será realizada em julho em Bruxelas, e reiterou o convite para que visite o país em um momento oportuno.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF