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Após deixar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara a pedido do PSOL, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) perdeu a relatoria do Projeto de Lei (PL) 2.858/22, que anistia envolvidos nas manifestações que culminaram nos atos do dia 8 de janeiro de 2023.
Com a nova composição, a Comissão será presidida, em 2024, pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), tida como uma das vozes mais críticas ao governo Lula e contra o ativismo judicial e legislativo.
Ao Poder 360, Bomfim disse que o PSOL decidiu tirá-la da CCJ e colocá-la como titular na Comissão de Educação, que será presidida pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Bomfim também disse que tentou negociar sua permanência na CCJ com o PSOL, mas com a possibilidade de que a nova presidente mude a relatoria do PL 2.858/22, o partido optou por enviar a parlamentar para outra comissão.
Com a nova composição da CCJ, a Federação Psol-Rede terá como representantes os deputados Chico Alencar (Psol-RJ), Célia Xakriabá (Psol-MG), Fernanda Melchionna (Psol-RS) e Túlio Gadelha (Rede-PE).
No comando da CCJ, Caroline de Toni será responsável por decidir sobre a pauta para discussão entre as mais de seis mil propostas que aguardam votação na comissão.
A deputada foi destaque na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou a invasão de terras pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e é defensora do Estatuto do Nascituro, em tramitação na Câmara dos Deputados há vários anos.
A parlamentar também defende diversas bandeiras ligadas aos partidos de direita, como o direito à propriedade, acesso a armas e outros temas da chamada "pauta de costumes".