Eurípedes Gomes Júnior, presidente do Solidariedade que estava foragido da justiça desde a última quarta-feira (12), quando foi deflagrada a Operação Fundo do Poço, se entregou à Polícia Federal no fim da manhã deste sábado (15). Seu nome passou a integrar a lista de procurados pela Interpol na sexta-feira (14).
Em nota assinada pela defesa, os advogados do presidente do Solidariedade afirmam que, “após ter se licenciado do exercício das suas funções de dirigente partidário, Eurípedes Gomes Macedo Júnior, voluntariamente, apresentou-se à Polícia Federal do Distrito Federal, para permitir o cumprimento do mandado de prisão preventiva expedido em seu desfavor”.
“Os advogados que integram a sua defesa afirmam que o Sr. Eurípedes Gomes de Macedo Júnior demonstrará perante a Justiça não só a insubsistência dos motivos que propiciaram a sua prisão preventiva, mas ainda a sua total inocência em face dos fatos que estão sendo apurados nos autos do inquérito policial em que foi determinada a sua prisão preventiva”, descreveram seus advogados.
Eurípedes Gomes Júnior está sob a custódia da PF até que seja deferido seu ingresso no sistema penitenciário.
Ele é investigado por suposto desvio de recursos públicos dos fundos partidário e eleitoral do Pros. O participo foi incorporado ao Solidariedade no ano de 2023.
Quem denunciou o suposto esquema foi Marcus Vinicius Chaves de Holanda, ex-presidente do extinto Pros. As denúncias indicam que R$ 36 milhões teriam sido desviadas pelo líder partidário, o que é negado pela sua defesa.
O Solidariedade disse que Eurípedes Gomes Macedo Júnior solicitou licença da presidência do partido e que o pedido é por tempo indeterminado. “Essa solicitação é compatível com o estatuto partidário, dessa maneira, a secretaria geral do Solidariedade tomará todas as providências necessárias e cabíveis para o seu imediato atendimento, tendo em vista a regular continuidade do exercício da direção partidária", afirmou o partido.
A operação de quarta-feira mirou outros alvos que estão presos, entre eles a primeira tesoureira do Solidariedade, um ex-candidato pelo Pros a deputado federal e o ex-deputado distrital do Distrito Federal, Berinaldo da Ponte.
Durante a operação foram apreendidos pela PF R$ 26 mil em espécie e um helicóptero avaliado em R$ 2,4 milhões, registrado em nome do Pros. As suspeitas são de que a aeronave foi comprada com recursos públicos desviados.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, Eurípedes Gomes Júnior é investigado também por candidaturas laranja, uso do dinheiro da legenda para custear viagens internacionais de familiares, eventual envolvimento no sumiço do helicóptero do Pros e uma espécie de desmonte do parque gráfico da sigla. Durante o período de afastamento, quem deverá assumir o comando do Solidariedade é deputado federal Paulinho da Força (SP).
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