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O governo federal informou nesta quinta-feira (4) que o aplicativo “Celular seguro” ultrapassou a marca de um milhão de cadastros de usuários. A iniciativa, utilizada para bloquear o acesso a aparelhos roubados ou perdidos, foi lançada no dia 19 de dezembro. Com a adesão, internautas reclamam que uma vez ativado, não há como desbloquear celulares recuperados. Em nota, o governo confirmou que a ferramenta não prevê possibilidade de desbloqueio, por ser uma medida de emergência.
Na Play Store (Android) e na App Store (iOS), os usuários relataram que tentaram bloquear seus aparelhos para testar o aplicativo. “Pessoal, cuidado! Fui fazer um teste e gerar um alerta e acabei bloqueando meu aparelho. Já tentei na operadora, na polícia e na Anatel e ninguém tem informações de como reverter o bloqueio”, avaliou um usuário na App Store.
“O contato de segurança não consegue cancelar o bloqueio. Quer dizer que se você perder o celular e depois o reencontrar, não tem uma opção para cancelar o bloqueio”, disse outro usuário. Muitos destacam a importância do aplicativo para a segurança nos comentários. “A finalidade do app é proteger nossos dados de ladrões e golpistas, e celulares roubados quase sempre não são recuperados, então não tem necessidade de desbloqueio”, afirmou um internauta.
Quando os primeiros registros de bloqueio acidental foram relatados nas redes sociais, o ministro interino da Justiça, Ricardo Cappelli, pediu aos usuários que não façam testes de bloqueio com o aplicativo. “Não é pra testar! Você fez o seguro do carro… vai bater no poste? Vai ficar ligando para o 190 para dizer que foi roubado, depois que não foi roubado?”, disse Cappelli em entrevista ao site Tecnoblog.
“O Celular Seguro representa um botão de emergência que deve ser utilizado somente em casos de perda, furto ou roubo do celular. A ação garante o bloqueio ágil do aparelho e de dispositivos digitais. A ferramenta não oferece a possibilidade de fazer o desbloqueio”, disse o governo. Segundo o governo, até a manhã desta quinta, a ferramenta já recebeu 7.005 alertas de usuários referentes a perda, roubo ou furto de aparelhos.
“Caso o usuário emita um alerta de perda, furto ou roubo, mas recupere o telefone em seguida, terá que solicitar os acessos entrando em contato com operadora, bancos e outros. Cada empresa segue um rito diferente para a recuperação dos aparelhos e das contas em aplicativos, descrito nos termos de uso”, acrescentou.