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A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou mais um aumento e descolou da reprovação na nova rodada da pesquisa Quaest de avaliação, divulgada na manhã desta quarta (10). O crescimento ocorreu acima da margem de erro de 2 pontos percentuais, mas não foi unânime entre todos os grupos pesquisados -- evangélicos, moradores do Sul e com renda acima de 5 salários mínimos seguem avaliando negativamente.
De acordo com a Quaest, 54% dos eleitores brasileiros aprovam o governo Lula 3, enquanto que 43% reprovam. Em maio, estes percentuais foram de 50% e 47%, respectivamente. "Este é o melhor resultado de aprovação do governo no ano, idêntico ao que se observava em dezembro de 2023", disse Felipe Nunes, diretor da Quaest.
A avaliação positiva do governo Lula estava em uma trajetória de queda desde agosto de 2023, quando passou de 60% para 50% em maio deste ano. Já a desaprovação crescia no mesmo período, quando passou de 35% para 50%. Veja abaixo:
Crescimento da aprovação não é unânime
A recuperação da avaliação positiva de Lula nesta nova rodada, no entanto, não é unânime entre os brasileiros entrevistados pela Quaest. A renda familiar, as diferentes regiões do país e a religião registram diferenças nas avaliações.
A pesquisa aponta que a aprovação a Lula cresceu principalmente entre os eleitores com renda familiar até 2 salários mínimos, passando de 62% para 69%. A reprovação caiu de 35% para 26%, com uma margem de erro de 4 pontos percentuais.
"Embora seja impossível determinar uma única razão para o crescimento na aprovação do governo, a melhora na percepção da economia entre os mais pobres (diferença entre melhorou e piorou saiu de -1 para +13 entre fev e jul/24) sugere que uma parte da explicação possa estar ai", apontou Nunes na análise da pesquisa.
Lula também passou a ter uma maior aprovação nas regiões Nordeste, Centro-Oeste/Norte e Sudeste – nestes dois últimos, a desaprovação que seguia em alta passou a cair. Por outro lado, a rejeição a ele segue em elevação no Sul. Veja abaixo:
Já quando analisados os grupos religiosos, os católicos seguem apoiando o governo Lula 3 com uma grande vantagem, enquanto que os evangélicos desaprovam, mas com uma redução da diferença.
A Quaest ouviu 2 mil pessoas entre 5 e 8 de julho em 120 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%.