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Procurador-geral Augusto Aras vinha fazendo críticas públicas à atuação da Lava Jato.
Procurador-geral Augusto Aras vinha fazendo críticas públicas à atuação da Lava Jato.| Foto: Antonio Augusto/PGR

Depois de meses de atritos públicos, o procurador-geral da República, Augusto Aras, e os coordenadores das forças-tarefas da Lava Jato de Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo se reuniram nesta sexta-feira (2), em Brasília, para selar a paz. Aras garantiu apoio institucional à continuidade dos trabalhos realizados pelos procuradores após acusar a Lava Jato de ser uma "caixa de segredos" e afirmar ser preciso uma “correção de rumos” para que o “lavajatismo não perdure”.

A promessa ocorre após uma queda de braço que resultou em baixas importantes na operação, como a saída de Deltan Dallagnol, chefe do grupo da Lava Jato de Curitiba, e a demissão em massa de procuradores na força-tarefa de São Paulo.

Participaram do encontro a subprocuradora-geral Lindôra Araújo, que protagonizou um embate direto com a força-tarefa de Curitiba pelo acessos a dados sigilosos da Lava Jato, e os procuradores da República Alessandro de Oliveira, de Curitiba; Eduardo El Hage e Almir Sanches, do Rio; e Viviane Martinez, de São Paulo.

Os procuradores naturais de cada força-tarefa expuseram como estão seus trabalhos no momento e falaram das necessidades locais para a manutenção das investigações em andamento.

Aras garantiu ajuda para recompor a força-tarefa de São Paulo com membros e assessores, atendendo a pedido da procuradora Viviane. A Procuradoria-Geral da República também prometeu ampliar a assessoria técnica da força-tarefa do Rio de Janeiro.

Aras muda de ideia sobre Unac e defende adoção de Gaecos

Um dos temas discutidos na reunião foi a adoção de um novo modelo para substituir as atuais forças-tarefas. Até então apontada como opção mais viável, a Unidade Nacional Anticorrupção (Unac), em debate no Conselho Superior da PGR, perdeu força.

Na reunião, Aras e Lindôra defenderam a ampliação do modelo de Gaecos, os Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, com equipes permanentes que poderiam absorver as forças-tarefas da Lava Jato.

O Gaeco é um modelo comum em Ministérios Públicos estaduais há cerca de 25 anos, mas pouco adotado até agora no MP Federal. As primeiras unidades foram criadas neste ano por Aras em Minas Gerais, Paraíba e Paraná. A ideia defendida pelo PGR seria replicar e ampliar esse formato.

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