A ministra Simone Tebet, do Planejamento, considerou que a recondução de Augusto Aras ao cargo de procurador-geral da República (PGR), ocupado por ele desde 2019, será “decepcionante” e um “desastre”. A crítica da ex-senadora reflete um embate entre alas do governo favoráveis e contrárias à manutenção dele na sucessão da procuradoria.
O mandato de Aras se encerra em setembro e cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) indicar um nome para o cargo, que pode ser a partir da lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) ou de alguém da preferência dele. Em 2019, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) desconsiderou as sugestões e foi duramente criticado pelo PT.
“Decepcionante e, se isso [a recondução] efetivamente acontecer, ao meu ver, seria um desastre. E eu ficaria extremamente decepcionada”, disse em entrevista à GloboNews exibida nesta quarta (26).
A crítica de Simone se junta a de outros procuradores como da Justiça Militar, do Ministério Público do Distrito Federal, entre outros. Parte de integrantes do PT hoje é a favor da recondução de Aras ao cargo, mesmo sob críticas por ter arquivado mais de 100 pedidos de investigação contra o ex-presidente.
Simonte Tebet disse que votou em Aras em um primeiro momento, em 2019, mas depois foi contra a recondução dele ao cargo “por ver o que ele estava fazendo no Ministério Público, que é um órgão de fiscalização e controle da máquina pública, uma gestão de subserviência e de aceno político ao presidente de plantão”.
Entre os apoiadores da recondução de Aras estão o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA).
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