A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se algumas das armas que desapareceram do quartel do Arsenal de Guerra do Exército em Barueri (SP) foram oferecidas ao Comando Vermelho. A suspeita surgiu após um vídeo que circula nas redes sociais mostrarem imagens de quatro metralhadoras de grosso calibre.
O Comando Militar do Sudeste apura o desaparecimento de 21 armas desde 10 de outubro. Um Inquérito Policial Militar foi aberto para apurar as circunstâncias do furto, que tem prazo de 40 dias e é conduzido sob sigilo.
Segundo a Força, entre as armas desaparecidas, 13 são metralhadoras .50 (antiaéreas) e oito de calibre 7,62. O Exército afirmou que as armas são inservíveis e foram recolhidas para manutenção.
Em pleno funcionamento, as metralhadoras .50 têm a capacidade de derrubar aeronaves. Este incidente ocorre após dois helicópteros da polícia terem sido atingidos por traficantes no Rio neste mês.
Devido ao desaparecimento das armas, os soldados e oficiais estavam proibidos de sair da unidade do Exército desde o último dia 10. Cerca de 40 militares foram ouvidos no âmbito do inquérito militar.
Até o momento, 160 militares permanecem no local para contribuir com as ações necessárias na investigação, enquanto outros 320 que obtiveram autorização para sair continuam cumprindo expediente e podem retornar para casa ao final do dia.
O aquartelamento dos militares foi inicialmente acionado em estado de "prontidão", usualmente utilizado em situações que requerem mobilização rápida da tropa. O Exército informou que a situação evoluiu de "prontidão para sobreaviso", o que representa uma redução do efetivo da tropa aquartelada.
A investigação sobre o furto está sendo conduzida pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro, com o apoio do Comando Militar do Sudeste. No fim de semana, militares do Rio de Janeiro e do Distrito Federal estiveram no Arsenal de Guerra como parte da apuração.
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