A Associação Nacional de Jornais (ANJ) saiu em defesa da Gazeta do Povo e da liberdade de imprensa nesta quarta-feira (5) após decisão do ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que ordenou a remoção de uma publicação no perfil da Gazeta do Povo no Twitter. A postagem (que direcionava a esta matéria) noticiava que o regime de Daniel Ortega, ditador da Nicarágua, havia cortado o sinal do canal de notícias CNN naquele país e mencionava o apoio de Lula a Ortega.
“A ANJ protesta veementemente contra a censura imposta pelo ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do TSE, a uma publicação do jornal Gazeta do Povo no Twitter. A decisão contraria frontalmente a Constituição, que não admite censura à imprensa. A legislação brasileira dispõe de uma série de mecanismos para dirimir eventuais abusos à liberdade de expressão, mas neles não se inclui a censura”, afirmou o presidente-executivo da ANJ, Marcelo Rech.
A Nicarágua vive sob o governo autoritário de Daniel Ortega, que está em seu quarto mandato consecutivo, e já recebeu apoio de partidos de esquerda brasileiros, como o PT e PCdoB. Lula tem histórico de proximidade de longa data com o ditador nicaraguense.
No ano passado, quando o ditador foi reeleito para seu quinto mandato de cinco anos – o quarto consecutivo, numa eleição em que sete candidatos opositores foram presos e não foi autorizada a presença de observadores internacionais, entre outras irregularidades que levaram a maioria dos países a não reconhecer o pleito –, Lula disse que defendia “a autodeterminação dos povos”.
Nesta terça-feira (4), Ortega enviou uma carta a Lula parabenizando-o pela votação no primeiro turno das eleições e manifestando seu apoio ao petista.
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião