Deputado Ubiratan Sanderson diz que atentado a Trump é mote para CPI da Facada| Foto: Gazeta do Povo
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O deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS) afirmou que a repercussão mundial do atentado ao ex-presidente americano Donald Trump pode servir de mote para um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a facada sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018. O objetivo seria continuar investigando se o agressor de Bolsonaro agiu sozinho, ou estava ligado a alguma organização ou partido político.

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Sanderson defendeu a criação da CPI durante entrevista ao programa Assunto Capital sobre o atentado a Trump nesta semana. Clique aqui e veja a íntegra do programa.

A Polícia Federal afirmou em junho deste ano que concluiu o atual inquérito sobre a facada e disse que o agressor, Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho. O presente inquérito analisou aparelhos eletrônicos apreendidos e documentos. Em 2020, a Polícia Federal havia relatado outro inquérito já afirmando que Adélio Bispo não teria tido ajuda.

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"Vimos essa questão do atentado ao presidente Donald Trump sendo tratada de forma muito séria no mundo inteiro. Todo o mundo não aceitando que o ódio, que a raiva, que a intolerância siga pautando as ações da esquerda globalista mundo afora. Isso pode ser talvez um mote suficiente para nós, no âmbito do Congresso", disse Sanderson, que integra a Comissão de Segurança Pública da Câmara.

"Já que o Estado investigador, a polícia, o Ministério Público e o Poder Judiciário não conseguiram entregar um resultado satisfatório até hoje, vamos então no âmbito do Congresso Nacional instaurar uma CPI. Para que essa CPI colha depoimentos de todo mundo, para que essa CPI quebre sigilos de todos os envolvidos, inclusive dos advogados, e a partir daí chegarmos a um veredicto", disse o deputado.

CPI pode responder se Adélio Bispo agiu sozinho no caso da facada a Bolsonaro

Segundo ele, o objetivo da comissão deve ser concluir se Adélio Bispo realmente agiu sozinho no caso da facada contra Bolsonaro, quem poderia ter recrutado ele para cometer o crime ou, se a conclusão for que não houve mandante, o que realmente motivou o crime.

Mas a possibilidade de abertura de novas CPIs é baixa neste ano. Ao menos oito aguardam despachos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), entre elas a dos crimes na Ilha de Marajó, a do Crime Organizado e a das distribuidoras de energia. Outras chegaram a ser sugeridas, mas não foram protocoladas, como a do Arroz e a da Secretaria de Comunicação.

As CPIs oferecem ferramentas para que os parlamentares façam investigações aprofundadas, tenham acesso a documentos sigilosos e convoquem autoridades para prestar esclarecimentos.

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Deputado quer audiência com Elon Musk na Câmara

O Congresso já está em recesso, na prática. Apenas duas semanas de votações acontecerão entre agosto e setembro, antes do processo eleitoral. Sanderson disse que a direita pode usar esse período para ao menos duas ações. Uma seria tentar protocolar a nova CPI, e a outra uma audiência por videoconferência com o bilionário Elon Musk, dono da rede social X. A ideia seria pedir a ele informações sobre o caso Twitter Files. No caso, autoridades do Judiciário pediram a censura de contas na rede social e agiram contra a liberdade de expressão no Brasil.

Sanderson disse que as manifestações de Musk sobre o caso causaram uma retração temporária do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, ao que o deputado chama de "cruzada autoritária". Segundo ele, depois que o bilionário deixou de dar declarações sobre o caso, Moraes voltou a tomar "decisões absurdas".

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]