A busca do Federal Bureau of Investigation (FBI) pela jornalista e ex-militante do PT, Patrícia Lélis, por suposto golpe milionário ao se passar por advogada nos Estados Unidos, completou 100 dias sem o resultado esperado.
Recentemente, autoridades americanas informaram que pretendem tomar a casa luxuosa da jornalista que fica no estado da Virgínia (EUA), no valor de R$ 4,3 milhões. Segundo os investigadores, o valor da entrada do imóvel teria sido pago com dinheiro das vítimas do golpe aplicado por ela.
Um documento, publicado no dia 4 de abril pelo Metrópoles, apontou o modus operandi para prática dos delitos cometidos pela jornalista, como fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade agravado.
No relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, constam e-mails enviados por Lélis em que ela se passava por pessoas fictícias, para ganhar a confiança de imigrantes. Uma das figuras inventadas foi Jeffrey Willardsen, um funcionário de investimento imobiliário do Texas, com o propósito de transmitir segurança à transação e obter dinheiro.
As trocas de e-mails ocorreram de setembro de 2021 até maio de 2023 e apontaram transferências bancárias para Lélis. Segundo o relatório, ela causou um prejuízo de US$ 700 mil, o equivalente a R$ 3,4 milhões aos clientes.
Lélis também chegou a se passar por uma advogada especializada em imigração para conseguir vistos permanentes a brasileiros. Além de falsificar um documento para uma pessoa adquirir uma propriedade no estado do Texas, onde ela usou a assinatura e o carimbo de um advogado conhecido no país.
Ao comentar sobre a repercussão do mandado de prisão expedido pela Justiça americana, Patrícia Lélis disse ter sido “vítima” de perseguição, supostamente, por parte do governo americano. Pelas redes sociais, ela segue bem atuante, disse que não está mais nos EUA e ainda zombou do FBI.
“Primeiro caso no mundo que o FBI não consegue localizar uma pessoa que está sempre na internet. @FBI vocês já foram melhores”, escreveu Lélis no dia 3 de abril. Logo depois, a postagem foi excluída da rede social.
Patrícia Lélis estampou as manchetes dos jornais do Brasil pela primeira vez em 2016 ao acusar, sem provas, o pastor e deputado Marcos Feliciano (PL-SP) de estupro e outros crimes. Um ano depois, em 2017, Lélis acusou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de ameaça e injúria. Nenhuma das acusações prosperou por falta de provas.
Em 2021, a jornalista passou a ser alvo de uma investigação do PT, partido ao qual era filiada, por postagens consideradas “transfóbicas” pela sigla. Lélis foi expulsa do PT.
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