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Lula e Bolsonaro
Lula e Bolsonaro| Foto: Sebastião Moreira/EFE

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-presidente Jair Bolsonaro tem a mesma aprovação da população brasileira com o mesmo tempo de mandato: um ano e oito meses à frente da Presidência da República.

Segundo pesquisa realizada pela Datafolha neste sábado (3), Lula tem 35% de aprovação e 33% de reprovação, e é considerado regular por 30% dos entrevistados; enquanto Bolsonaro, com o mesmo tempo no Palácio do Planalto, contava com 37% de aprovação, 34% de reprovação e tinha o governo considerado regular por 27% dos entrevistados.

Lula vai pior entre a parcela da população mais ligada ao bolsonarismo, de acordo com a pesquisa. Entre a classe média, que ganha de 5 a 10 salários mínimos, 47% dos entrevistados consideram a gestão do petista “ruim ou péssima”.

Os níveis de desaprovação se repetem entre a parcela da população que ganha até 10 salários mínimos, com 46%; entre pessoas que tem diploma de curso superior, de 43%; bolsonaristas evangélicos, 41%; moradores do Centro-Oeste, 40%; e do Sudeste, 39%.

O Datafolha entrevistou 2.040 pessoas em 146 municípios brasileiros entre os dias 29 e 31 de julho, e a margem de erro é de dois pontos porcentuais, para mais ou para menos.

O cenário revelado pela pesquisa mostra estabilidade para Lula, quando comparado à anterior, realizada de 4 a 13 de junho. A avaliação do presidente também é parecida com a realizada em seu primeiro mandato, quando 35% da população considerava seu governo, com o mesmo tempo de mandato, como ótimo ou bom.

Quando comparado ao segundo mandato do petista, de 2007 a 2010, entretanto, há diferenças marcantes: 64% aprovava o governo e somente 8% o considerava ruim ou péssimo. Já a avaliação do governo como regular era de 28%, semelhante a atual.

A pesquisa ressalva que as últimas declarações do presidente Lula sobre a crise na Venezuela, quando disse que ‘não tem nada de grave, nada de anormal’ nas eleições sob suspeita naquele país, ocorreram enquanto os pesquisadores já faziam as entrevistas, mas, segundo eles, a política externa não contribui tanto na avaliação dos governos.

O resultado, segundo os pesquisadores, reflete ainda a extrema polarização no eleitorado, vista há alguns anos no País, e faz com que as fatias intermediárias, ou seja, as que consideram o governo como “regular”, sejam as mais “fiéis” na balança.

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