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Bancada do agro diz que caderno do governo ao MST incentiva invasões de terras

Deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, mantem convicção sobre derrubada de vetos do marco temporal e aposta na votação da PEC das indenizações
Deputado Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária. (Foto: FPA/Divulgação)

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A Frente Parlamentar da Agropecuária - conhecida também como a bancada do agronegócio - publicou uma nota nesta segunda (30) criticando o ‘Caderno de Respostas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra’, divulgado pelo governo. Segundo a FPA, o documento "aumenta as invasões de terra e gera mais insegurança no campo".

"Não existe invasão legítima e muito menos legalizada ou permitida. Ao invadir, os movimentos sociais cometem crime previsto no código penal ( Leiº 2848/1940) e ainda assim o governo divulgou um Cadernos de Respostas às pautas e exigências dos movimentos de invasão de terras, que já afetaram mais de 60 propriedades produtivas só no último ano", escreveu a FPA.

De acordo com a nota da bancada do agro, “o documento desvaloriza quem está dentro da legalidade”. E apontam que apesar do governo negar ligação com o movimento, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, “fornece ao MST meios para obter uma resposta mais rápida às suas exigências”.

“A legislação estabelece que o imóvel invadido e o invasor devem ser excluídos da Política Nacional de Reforma Agrária, e não terão direito a qualquer recurso público, mas a cartilha propõe exatamente o contrário, incentivando, assim, novas invasões”, explica.

A falta de proteção aos produtores, no documento do MST, também preocupa a bancada do agronegócio. Para eles, o governo negligencia “a população rural que movimenta a economia, gera empregos e leva comida para o prato”, e ainda citam que “a insegurança jurídica causada pelas invasões prejudica o investimento na produção agrícola e aumenta os conflitos no campo”.

Outro ponto criticado pela bancada, é o fato dos movimentos alegarem que “as invasões são uma ação contra a grande concentração de terras”. “É importante destacar que, as terras produtivas possuem aproximadamente METADE das áreas destinadas à preservação, além de ser um dos motores da economia brasileira, gerando empregos e contribuindo significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) do país”, aponta a FPA.

A Gazeta do Povo mostrou em uma reportagem que o caderno extenso, de 160 páginas, revela que, além de agir em total sintonia com os sem-terra, o governo Lula (PT) já mudou normas e leis, por instrução normativa e por decreto, para restabelecer uma dinâmica de reforma agrária repleta de irregularidades apontadas pelo Tribunal de Contas da União no governo Dilma Rousseff (PT), e que tinham sido corrigidas nas gestões de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL).

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