O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, determinou que o governo federal informe o andamento das medidas de proteção aos yanomamis. A decisão de seu no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, que tem entre os proponentes a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
De acordo com a Apib, os alertas de garimpos na terra yanomami foram interrompidos e as cestas alimentares destinadas à ajuda humanitária não estão sendo entregues ou estão sendo entregues com atraso, o que acaba provocando a perda de alimentos.
A entidade também reclama da “enorme resistência” das Forças Armadas “em apoiar os órgãos federais para o cumprimento das decisões” relacionadas à agenda indigenista.
A Apib ainda relata o agravamento da crise sanitária em algumas comunidades com o aumento dos casos de malária e denuncia a insuficiência do “contingente de profissionais, materiais e infraestrutura”, além da falta de articulação do governo Lula para combater o problema.
Recentemente, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) denunciou um aumento de 300% nos casos de malária entre indígenas yanomamis.
Segundo dados oficiais divulgados pela senadora, o número de mortes de indígenas do mesmo grupo também subiu. De janeiro a julho deste ano já foram registrados mais de 157 óbitos.
Ao discursar sobre o tema em sessão plenária no último dia 14, Damares também citou o orçamento destinado ao Ministério dos Povos Indígenas e lembrou da atuação desastrosa do PT para os indígenas em governos passados.
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