Ouça este conteúdo
Nesta segunda-feira (13), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, rebateu críticas ao ativismo judicial praticado por membros da Suprema Corte e as atribuiu a quem não gosta de democracia e da Constituição.
“Com frequência as pessoas chamam de ativistas as decisões que elas não gostam, mas geralmente o que elas não gostam mesmo é da Constituição ou eventualmente de democracia”, disse o magistrado durante participação no Seminário “O Papel do Supremo nas democracias” promovido pelo Estadão e pela Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Ao se referir ao governo Bolsonaro, porém, sem citar o nome do ex-presidente, Barroso também disse que o STF “impediu retrocessos diversos”. Para o ministro, a Corte combateu o que ele chamou de “negacionismo ambiental” e “negacionismo da gravidade da pandemia”.
“A democracia e a Constituição ao longo dos 35 anos têm resistido a tempestades diversas, que foram dos escândalos de corrupção às ameaças mais recentes de golpe. A Constituição e a democracia conseguiram resistir e a resposta é afirmativa: Quem é o guardião da Constituição? O STF. Então é sinal que ele tem cumprido bem seu papel e o resto é varejo político”, afirmou Barroso.
Ainda, de acordo com o ministro, a “extrema direita” avançou no mundo a partir da disseminação de “fake news” e “teorias conspiratórias” via redes sociais. Para Barroso, é necessário um trabalho para que o “Centro recupere o pensamento conservador da extrema direita”.