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O senador da esquerda dos Estados Unidos, Bernie Sanders, diz que os americanos estavam “ativos” antes da eleição presidencial brasileira de 2022 por receio de que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) pudesse dar um “golpe” no país. Sanders é um dos principais protagonistas do progressismo estadunidense e pretende se candidatar novamente ao cargo neste ano.
“Como você sabe, estávamos ativos antes da eleição para garantir que Bolsonaro não desse um golpe”, disse Sanders em entrevista publicada nesta segunda (3) pela Folha de São Paulo, mas sem detalhar como os políticos da esquerda do país estavam trabalhando para isso.
Ele emendou afirmando que vê no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) uma liderança progressista – embora não esteja acompanhando a política brasileira – e que ele venceu a eleição a eleição presidencial de 2022 por estar “ciente das lutas das pessoas pobres e trabalhadoras”. “Se os líderes políticos virarem as costas para elas, essas pessoas vão desistir da democracia”, emendou.
Além da atenção a Bolsonaro, Sanders diz que há uma “ameaça crescente da direita” no mundo – como Brasil, EUA e Europa – e que isso provoca um “desacordo sobre ideias” para “manter a democracia”.
Bernie Sanders é um dos principais críticos do ex-presidente Donald Trump – de quem Bolsonaro é um grande aliado – e que há um “medo real” do retorno dele e de "“"seus amigos" para tentar "minar os alicerces da democracia"”".
“Tudo o que posso dizer é que farei tudo o que puder para garantir que Trump seja derrotado”, completou.
O senador é receoso com uma eventual vitória de Trump na eleição desde ano, afirmando que “seria extremamente perigoso, draconiano e provavelmente muito pior do que seu primeiro mandato. Acho que ele seja um homem raivoso. Ele não acredita nos fundamentos da democracia, no Estado de Direito”.
“Ele acha a mudança climática uma farsa. Quer dar mais isenções fiscais para bilionários. Quer tirar o direito das mulheres de controlar seus próprios corpos. A eleição de Trump seria um desastre”, disparou.
Sanders é criticado nos EUA por querer concorrer a mais um mandato de senador por conta da idade avançada, de 82 anos, sendo comparado ao atual presidente Joe Biden que também vai disputar a reeleição – tem 81 anos.