O presidente do União Brasil, Luciano Bivar, informou que a eleição para o comando do partido, marcada para essa quinta-feira (29), poderá ser adiada após o recebimento de denúncias contra o vice-presidente do partido, Antonio Rueda.
A disputa pela presidência ganhou forças depois que Rueda assumiu a vontade de ocupar o cargo de Bivar, e se intensificou nos últimos dias com o apoio do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, direcionado para o atual vice.
Ao conversar com jornalistas, nesta quarta-feira (28), Bivar voltou a falar das trocas de ofensas que teve com Rueda e não negou possíveis ameaças ao seu concorrente. Também mencionou que não conversa com o seu vice há mais de um ano, e que não esperava tanta rivalidade.
Em relação a possíveis denúncias contra Rueda, o atual presidente do partido não deu detalhes apenas disse que ele "usava a sigla para fazer negócios".
Caso Rueda seja eleito o novo presidente, o mandato de Bivar à frente do União termina somente em 31 de maio. A mudança no comando da sigla foi definida no final do ano passado, após uma série de embates internos.
O partido nascido da fusão do PSL (partido que elegeu Bolsonaro em 2018) e o DEM, do ex-prefeito de Salvador ACM Neto, secretário-geral do União Brasil, e do governador Ronaldo Caiado (GO), sempre registrou brigas internas, mas os episódios de desentendimento ficaram mais evidentes após a vitória de Lula e a adesão de seus filiados ao governo dele.
O União Brasil detém três ministérios de Lula, como Celso Sabino (Turismo) e Juscelino Filho (Comunicações) além de ter indicado Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), que é do PDT mas entrou na Esplanada na cota do partido pela coalizão montada pelo presidente para conseguir algum apoio a mais no Congresso.
A crise no partido deve influenciar na indicação de possíveis candidatos para as eleições municipais em outubro deste ano.
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