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O ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento Social, prometeu para o fim deste ano a conclusão da busca ativa de beneficiários do Bolsa Família. A promessa surgiu após ele ter a imagem desgastada por excluir pessoas atendidas pelo programa por falta de atualização dos cadastros ou fraudes, que era prevista em 1,5 milhão em 2023.
A iniciativa visava reduzir um prejuízo que alcançou R$ 34 bilhões no ano passado, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU). A busca ativa prometida para ser concluída até o final deste ano pretende localizar famílias de baixa renda que ainda não estão inscritas no Cadastro Único, requisito para receber o benefício.
“Em 2024, vamos completar a busca ativa. Falta muito pouco e temos um cadastro já bastante atualizado. A casa está arrumada. Agora temos o cadastro, que é a referência para trabalhar as políticas sociais e fazê-las chegar de forma correta. Não é só o Bolsa Família, são 36 programas”, disse Dias em entrevista ao Estadão publicada nesta quarta (10).
O governo enfrentou turbulências no início do mandato devido ao pente-fino nos beneficiários do Bolsa Família, afetando a popularidade. Dias reconheceu o impacto negativo, mas destacou que, a partir de julho, com o Novo Bolsa Família e a atualização eficiente do cadastro, a situação foi superada. Ele enfatizou que pesquisas recentes mostram aprovação significativa aos programas sociais.
Dias utilizou uma pesquisa Genial/Quaest como “vacina” para permanecer no cargo, evidenciando que o Bolsa Família é a melhor notícia do governo para a maioria dos entrevistados. Segundo dados do instituto, o programa é a principal vitrine do governo e apontado como a “notícia mais positiva” da gestão Lula 3.
A pasta, no entanto, chegou a entrar no radar do Centrão entre os pedidos por mais espaço na Esplanada dos Ministérios em troca de votos na Câmara dos Deputados. A possibilidade, no entanto, era vista com ressalvas pelo PT por conta do Bolsa Família, programa que o partido tem como carro-chefe e que não abre mão de continuar tutelando.
O ministro, ex-governador do Piauí, esclareceu que a atualização do Cadastro Único é prática constante, destacando a necessidade de “oferecer benefícios a quem realmente precisa”.
De acordo com dados oficiais do governo, 21,3 milhões de famílias receberam o benefício em 2023, com um valor médio de R$ 670,36 cada parcela. Já para este ano, o Orçamento previsto é de quase R$ 170 bilhões.