O Ministério do Desenvolvimento divulgou nesta terça (18) que o governo federal incluiu 1,3 milhão famílias ao Bolsa Família desde o mês de março, quando o programa foi relançado, mas omitiu que a quantidade de beneficiários foi reduzida entre o final do ano passado e este ano, assim como o valor médio do benefício.
A apuração do Poder360 confirmada pela Gazeta do Povo aponta que, em 31 de dezembro de 2022 (último dia do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, PL), quando ainda era chamado de Auxílio Brasil, o programa tinha 21,6 milhões de beneficiários, contra 20,9 milhões informados pelo ministério. O valor médio, no entanto, aumentou de R$ 607 naquele mês para R$ 684 em julho de 2023.
No entanto, o pagamento deste mês é menor do que no mês passado, quando foi de R$ 705 omitido pelo ministério.
Desde o início deste ano, o governo passou a fazer um pente-fino nos cadastros das famílias beneficiárias do programa, e já excluiu pelo menos 2,7 milhões delas. Parte é de dados incluídos no segundo semestre do ano passado, quando 3,7 milhões passaram a receber o Bolsa Família.
A informação das novas adesões foi publicada no site oficial do ministério (veja na íntegra), que afirma que uma “busca ativa” possibilitou a ampliação. “Desde março, quando o Bolsa Família foi relançado pelo Governo Federal, 1,3 milhão de famílias foram incluídas no programa. A ação de busca ativa é a grande responsável pelas novas concessões, focando nas pessoas mais vulneráveis que têm direito ao complemento de renda, mas não recebem o benefício”.
Já outro texto no site do ministério confirma o valor médio menor do benefício (veja na íntegra): “neste mês, 20,9 milhões de famílias são contempladas, totalizando um investimento de R$ 14 bilhões. O valor médio recebido por cada família no país é de R$ 684,17”. Em junho, o governo afirma ter pago o maior valor médio da história, de R$ 705,40 (veja na íntegra).
Ainda segundo o Poder360, o corte chegou a 702 mil beneficiários e foi maior nos estados da Bahia (-107,1 mil), Rio de Janeiro (-104,8 mil) e São Paulo (-90,2 mil).
A omissão de dados ocorre em um momento em que o ministro Wellington Dias está na mira de partidos do centrão para ser retirado da pasta. O governo reconheceu que vem conversando com as legendas para ampliar a presença na Esplanada e melhorar a base governista na Câmara dos Deputados.
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