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Jair Bolsonaro
Ex-presidente visitaria o estado nesta sexta (16), mas adiou viagem para o partido se concentrar na organização do ato na semana que vem.| Foto: André Borges/EFE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) adiou a visita à Paraíba que faria nesta sexta (16) para o PL concentrar a organização do ato marcado para São Paulo na semana que vem. O adiamento foi anunciado pelo diretório estadual do partido e ocorre dias depois da operação da Polícia Federal que mirou ele, ex-ministros e aliados.

Em nota, o PL justificou o adiamento citando "acusações infundadas" contra Bolsonaro e destacando a necessidade de apresentar a "verdade dos fatos" em um evento na capital paulista. O partido convocou os paraibanos a demonstrar apoio a Bolsonaro no evento em São Paulo ou através das redes sociais.

“Em função dos acontecimentos que ocorreram na semana passada, em que foram imputadas acusações infundadas contra o presidente Jair Bolsonaro, ele vai realizar um ato pacífico na Avenida Paulista para apresentar a verdade dos fatos. Por causa da logística que envolve um evento dessa magnitude na capital paulista, o presidente decidiu transferir a sua vinda à capital paraibana, marcada para a próxima sexta-feira”, disse o PL paraibano.

A operação que teve Bolsonaro como alvo, denominada Tempus Veritatis, resultou na execução de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra o ex-presidente e seus apoiadores.

Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mencionou um suposto decreto envolvendo a prisão dele, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da convocação de novas eleições.

De acordo com a investigação, os suspeitos teriam trabalhado para invalidar o resultado das eleições de 2022, que resultou na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo da realização do pleito. A polícia sustenta que o núcleo de Bolsonaro atuou descredibilizando as urnas e incentivando atos extremistas, e posteriormente tentou convencer as Forças Armadas a intervir para impedir a transição de poder após a confirmação da vitória de Lula.

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