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Diplomacia

Cooperação nuclear, Mercosul e eleições: como foi a reunião de Bolsonaro na Argentina

Jair Bolsonaro durante encontro com presidente da Argentina, Mauricio Macri, em Buenos Aires. Foto: Marcos Corrêa/PR
Bolsonaro trocou presentes com o colega argentino Mauricio Macri: relação amistosa. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

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Integração foi a palavra chave do encontro entre os presidentes do Brasil, Jair Bolsonaro, e da Argentina, Maurício Macri. Em uma reunião que durou mais de uma hora na Casa Rosada, sede do governo Argentino, foram assinados acordos de cooperação energética e comercial entre os dois países.

Na área energética, o presidente do Brasil disse que a construção de duas usinas hidrelétricas binacionais na fronteira com a Argentina no Rio Grande do Sul passa a fazer parte da agenda do governo e que a parceria dos dois países na produção de energia nuclear será um casamento perfeito. "Sabemos que a Argentina produz reatores e o Brasil energia. Nós enriquecemos (urânio) por um processo ímpar, ninguém tem esse processo. E aqui tem reatores. Vamos fazer o casamento perfeito" declarou Bolsonaro.

No discurso conjunto após a reunião, os dois presidentes deram ênfase ao acordo entre o Mercosul e União Europeia, que segundo Jair Bolsonaro deverá acontecer nas próximas semanas. "Está faltando umas questões de vinhos e laticínios, umas coisinhas. O Paulo Guedes (ministro da Economia) já entrou (no assunto) e realmente nós vamos resolver esta questão em semanas".

Maurício Macri recebeu de presente uma camisa do Brasil com o número 10 e seu nome. Bastante cordial, ignorou os protestos contra Bolsonaro dizendo que "os argentinos estavam muito contentes em receber o presidente do Brasil" e que os dois países precisam derrubar algumas barreiras físicas e virtuais para um fortalecimento econômico de ambos.

"Temos que melhorar nossas conexões fiscais e virtuais entre os nossos países, temos que simplificar o movimento nas fronteiras para agilizar o comércio, o turismo e o intercâmbio sociocultural" disse Macri. O Brasil é o principal parceiro comercial da Argentina, e o país vizinho é o terceiro do Brasil atrás de China e Estados Unidos.

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