Aconteceu no Chile, se repetiu em Dallas nos Estados Unidos, e nesta semana será a vez de Buenos Aires presenciar protestos contra o presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Durante a visita que fará na quinta-feira (6) ao presidente da Argentina, Mauricio Macri, está programada uma manifestação na Plaza de Mayo, em frente à Casa Rosada.
O ato “Argentina Rechaza Bolsonaro. Tu odio no es bienvenido acá” foi convocado por mais de 30 movimentos sociais argentinos. Em texto publicado na semana passada, os organizadores do protesto também criticam Macri por sua política econômica neoliberal, e afirmam que o mandatário argentino é um dos poucos presidentes no mundo que teriam coragem de tirar uma foto ao lado de Bolsonaro – “nos enche de vergonha e indignação”.
“Estamos em defesa da soberania, solidariedade latino-americana, contra as políticas neoliberais de Bolsonaro e Macri, e dizendo não ao autoritarismo, ao militarismo e às várias declarações racistas, machistas, homofóbicas e de apologia à tortura expressada por ambos”.
Este será o segundo encontro entre Jair Bolsonaro e Maurício Macri em 2019. Em janeiro os dois presidentes estiveram reunidos em Brasília e assinaram um Tratado de Extradição, em que os dois países se comprometeram a extraditar alguém que se encontre no país vizinho, mas que tenha sido acusado, processado ou condenado pelas autoridades do país requerente, desde que se cumpra uma série de pré-requisitos já estabelecidos.
O encontro desta semana terá como tema principal o Mercosul e a Venezuela. A Argentina está em ano eleitoral, Mauricio Macri é candidato à reeleição e seu principal oponente é a chapa formada por Alberto Fernandéz que tem como candidata a vice a ex-presidente e atual senadora Cristina Kirchner.
Há quase um mês, em Dallas, Bolsonaro disse que em sua reunião com o ex-presidente dos Estados Unidos, George W Bush, os dois trataram com preocupação a possível volta de Cristina ao poder. Que a eleição da ex-presidente faria com que a Argentina se transformasse em “uma nova Venezuela no Sul da América do Sul” e que é preciso “evitar esse gol contra que seria a Argentina voltando para as mãos da Kirchner”.
Na semana passada o ministro da Justiça, Sergio Moro, esteve em Buenos Aires por dois dias para assinar alguns acordos de cooperação entre os dois países. Com o ministro da Justiça da Argentina, Germán Garavano, foi assinado um acordo de combate à corrupção e à lavagem de dinheiro, e com a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, Brasil e Argentina se comprometeram a compartilhar informações sobre torcedores violentos que estejam impedidos de frequentar estádios de futebol.
Bolsonaro chegará na quinta-feira pela manhã e passará o dia todo em Buenos Aires, com previsão de volta no dia seguinte. Vão integrar a comitiva brasileira os ministros Paulo Guedes (Economia), Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Bento de Albuquerque (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia), Fernando Azevedo e Silva (Defesa), Sergio Moro (Justiça e Segurança) e Augusto Heleno (Segurança Institucional), além do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.
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