Pedido foi feito para “evitar abordagens indevidas e exposição” em voo do Rio de Janeiro para Brasília nesta quarta (14).| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou à Polícia Federal e à Infraero um atendimento diferenciado para seu embarque em um voo do Rio de Janeiro para Brasília nesta quarta-feira (14). O pedido visa "evitar abordagens indevidas e exposição" em locais movimentados, conforme justificativa apresentada.

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O pedido menciona a presença do assessor Tércio Arnaud Tomaz, alvo de uma operação da Polícia Federal na semana passada que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado. Também fazem parte da comitiva o assessor Andriely Cirino e o segurança Jossandro da Silva.

“Esclareço que o atendimento diferenciado se deve em virtude da necessidade de que os procedimentos ocorram de forma a evitar abordagens indevidas e exposição do ex-presidente em locais de maior movimentação, adequando-se assim à sua proteção física”, indica o pedido a que a Folha de São Paulo teve acesso. A Gazeta do Povo entrou em contato com a Polícia Federal e a Infraero e aguarda retorno.

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O advogado de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, esclareceu que Tércio já está em Brasília desde a semana passada. Segundo ele, por determinação do presidente, Tércio deixou a vila de Mambucaba, em Angra dos Reis (RJ), atendendo à decisão anterior do STF.

A operação que teve Bolsonaro como alvo, denominada Tempus Veritatis, resultou na execução de 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra o ex-presidente e seus apoiadores.

Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que mencionou um suposto decreto envolvendo a prisão dele, do ministro Gilmar Mendes e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), além da convocação de novas eleições.

De acordo com a investigação, os suspeitos teriam trabalhado para invalidar o resultado das eleições de 2022, que resultou na vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes mesmo da realização do pleito. A polícia sustenta que o núcleo de Bolsonaro atuou descredibilizando as urnas e incentivando atos extremistas, e posteriormente tentou convencer as Forças Armadas a intervir para impedir a transição de poder após a confirmação da vitória de Lula.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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