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Bolsonaro “corrompeu” presidência, parte dos militares e enganou brasileiros, diz Gleisi
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, disse que Bolsonaro “nunca foi sobre Deus, pátria ou família”, mas “sempre foi por dinheiro”.| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados.

A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), comentou nesta terça-feira (8) a divulgação do relatório da Polícia Federal que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias. Gleisi afirmou que Bolsonaro “corrompeu a Presidência da República, parte dos militares de alta patente e enganou os brasileiros”.

“Nunca foi sobre Deus, pátria ou família. Sempre foi por dinheiro. Isso precisa ser denunciado: Bolsonaro, o arauto da modalidade, é um corrupto!”, disse a parlamentar no X. O relatório final da PF sobre a investigação do suposto esquema de venda de presentes oficiais foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Gleisi afirmou que o relatório é “gravíssimo”. A PF concluiu que Bolsonaro cometeu três crimes: peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

“Depois da tentativa frustrada de golpe de Estado, Bolsonaro fugiu para os Estados Unidos e transferiu quase todo seu recurso financeiro para um banco no exterior, mas bancou as despesas dele e da família com dinheiro em espécie, por meio da venda das joias desviadas”, afirmou a deputada.

Segundo as investigações, as despesas de Bolsonaro durante sua estadia nos Estados Unidos foram custeadas com dinheiro obtido no suposto esquema de venda de presentes oficiais. A PF estimou o valor dos itens desviados em R$ 6,8 milhões, contudo, isso não significa que todo esse montante tenha ido para o ex-chefe do Executivo.

Defesa de Bolsonaro diz que relatório da PF é “insólito”

O ex-presidente nega qualquer irregularidade. Em nota, divulgada nesta segunda (8), a defesa de Bolsonaro classificou o inquérito das joias como “insólito” e ressaltou que o ex-presidente "em momento algum pretendeu se locupletar ou ter para si bens que pudessem de qualquer forma, serem havidos como públicos".

Já o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) argumentou que as joias recebidas por seu pai eram presentes "personalíssimos" e que o indiciamento pode reforçar manifestações de rua.

"Não existe ilegalidade quando na base disso esses presentes foram recebidos e uma comissão, formada por pessoas que não são indicadas pelo presidente Bolsonaro, decidiu que esses presentes são personalíssimos. Eu pergunto a vocês, será que o Estado brasileiro tem um braço para usar um relógio? Ele tem um pescoço para usar qualquer tipo de adorno? É óbvio que não", disse o deputado em entrevista à CNN Brasil nesta segunda (8).

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